De origem africana, o candombe, trazido à América do Sul pelos diferentes povos africanos escravizados pelos colonizadores espanhóis, encontrou no país vizinho, o Uruguai, um sólo fértil para sua propagação.
Com o objetivo de difundir ainda mais o ritmo no Rio Grande do Sul, a iniciativa Candombe Porto Alegre lançou no último dia 23 de outubro, em parceria com o projeto Areal do Futuro, sua primeira campanha de financiamento coletivo. A campanha tem como objetivo viabilizar três meses de oficinas do ritmo afro-uruguaio com crianças e jovens do Areal da Baronesa, quilombo urbano da região central de Porto Alegre.
A campanha de crowfunding fica no ar até o dia 12 de dezembro e busca mobilizar a cena cultural da cidade para atingir a meta de R$ 25.990, valor necessário para a compra de tambores, alimentação dos alunos, fornecimento de materiais como baquetas e talabartes e ajuda de custo para os oficineiros - alguns deles vindos do Uruguai - entre outros custos. Ao final dos três meses de oficina será realizada uma formatura com os alunos, que estarão prontos para difundir a cultura candombeira na cidade, contribuindo para o resgate popular dessa manifestação que já foi marcante em diversas regiões do Rio Grande do Sul.
O projeto Candombe POA se propõe à difusão do Candombe no estado. Criada em 2020, a iniciativa surge da vontade de fortalecer a cultura dos tambores do Sul, valorizando o legado afro e a diversidade cultural do Pampa.
Os encontros do Candombe POA acontecem no espaço público e celebram a vida em comunidade. Por meio da música e do fazer coletivo, o projeto se propõe a intervir na cena artística e política da cidade, buscando enraizar a cultura do Candombe e fortalecer o tecido social por meio da educação popular.
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Edição: Katia Marko