A Secretaria Estadual da Saúde (SES) autorizou, nesta terça-feira (26), que pessoas vacinadas no Rio Grande do Sul com primeira dose de Astrazeneca e que estejam com a segunda em atraso há mais do que oito semanas de intervalo possam receber a segunda dose com a vacina da Pfizer. A medida foi adotada após a pasta registrar desabastecimento da Astrazeneca em algumas cidades.
Em nota divulgada pela Secretaria, a chefe da divisão de vigilância epidemiológica, Tani Ranieri, ressalta que esse tipo de intercambialidade tem segurança comprovada por evidências científicas. “Estudos em vários países mostram que há uma boa resposta imunológica para essa troca. O importante, agora, é que as pessoas não deixem de completar o esquema com a segunda dose e possam garantir uma maior proteção contra a Covid-19”, frisa.
Para o presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do RS (Cosems/RS), Maicon Lemos, a medida responde aos anseios de muitos municípios. “Até agora, 121 cidades já haviam nos relatado a falta de Astrazeneca para a segunda dose da população, mas sabemos que esse número tende a aumentar nos próximos dias”, aponta. Conforme Cosems, 204 cidades não possuem mais estoques de AstraZeneca, entre elas Porto Alegre.
Em virtude da falta da vacina, a SES já havia encaminhado, na segunda-feira (25), ao Ministério da Saúde um ofício solicitando mais 75 mil doses de Astrazeneca. A previsão é que esse lote seja recebido no estado entre o fim desta semana e o início da próxima. Além disso, nesta terça (26) a Secretaria realizou a distribuição de 450 mil doses de Pfizer a todos os municípios.
De acordo com matéria publicada no site da Agência Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entregou ao Ministério da Saúde,nesta terça (26), mais 4,5 milhões de doses da vacina contra a covid-19. Segundo a Fiocruz, novas doses serão entregues até o fim da semana. A Fundação já entregou 118,3 milhões de doses para a vacinação contra a covid-19.
A distribuição para os estados, seguindo os critérios do Programa Nacional de Imunizações (PNI), é feita pelo Ministério da Saúde (MS).
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Edição: Marcelo Ferreira