Rio Grande do Sul

LUTA SINDICAL

Plenária da CUT atualiza plano de luta e estratégias e convoca para encontro nacional

Participantes se preparam para Congresso Nacional a ser realizado em outubro de 2023

Brasil de Fato | Porto Alegre |
O último dia começou com homenagem ao educador Paulo Freire - Foto: Roberto Parizzotti

Após quatro dias de debates virtuais, a 16º Plenária Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), intitulada “Organização e Unidade para Lutar”, foi encerrada neste domingo (24). Após um dia cheio de debates e discussões, da apreciação, atualização e aprovação das moções e das emendas do Projeto Organizativo e do Plano de Luta, o encontro convocou os mais de 950 delegados e delegadas para o 14º Congresso Nacional da entidade, que acontecerá em outubro de 2023.

A 16ª Plenária, em seus quatro dias de debate, contou com mais de dois terços das delegadas e delegados, observadores e convidados. De acordo com a Central, foram quase mil conexões diárias, que construíram coletivamente o futuro da CUT e da organização dos trabalhadores e das trabalhadoras. O encontro foi encerrado pela secretária-geral e o vice-presidente da CUT, Carmen Foro e Vagner Freitas, respectivamente.

“Conseguimos realizar debates tão profundos e aprovar resoluções muito significantes para o presente e para o futuro da classe trabalhadora que representamos e para a luta geral da sociedade, para reconstruir e transformar o Brasil e tomar impulso para as mudanças mundiais. O debate da CUT colabora muito com a sociedade”, disse Carmen.

Conforme destacou o vice-presidente, o papel da CUT, durante a construção da 14º Plenária, será colocar o plano de lutas em ação e a agenda sindical em prática e, para isso, é muito importante fortalecer os sindicatos porque não existe democracia sem sindicato. Ele também destacou a importância da CUT para a sociedade.  

“Bolsonaro, quando foi eleito, disse que ia acabar com o MST e com a CUT, mas a nossa central não só não acabou, mas como está mais forte. Ele é que está derretendo. As pesquisas mostram isso. A nossa Central segue forte, grande e vamos continuar representando a classe trabalhadora. Quem estará fora é esee genocida”, afirmou Vagner. “Se não tiver impeachment agora, faremos o julgamento de Bolsonaro nas urnas em 2022 elegendo Lula presidente”, complementou.

Para a secretária-geral, a missão – de planejar o futuro da CUT, atualizando plano de lutas e se modernizar para enfrentar o conjunto da classe trabalhadora – foi cumprida e a mensagem foi dada aos parceiros de luta. “Não daremos trégua. Enquanto a democracia e a vida da classe trabalhadora estiverem em perigo, estaremos firmes nas ruas e em todos os lugares. Demos mais um passo em direção à necessária atualização de nosso projeto organizativo para nos fortalecer para os embates futuros, para enfrentar a ofensiva do capital e para conduzir as lutas da classe trabalhadora. Vamos derrotar Bolsonaro e transformar o Brasil”, destacou Carmen.

Paulo Freire, presente!

O último dia começou com homenagem ao educador Paulo Freire, ressaltando conceitos e ações do patrono da educação, que completaria 100 anos em 2021. Um vídeo com sua história foi apresentado, com destaque para o verbo ‘esperançar’ e uma frase popular de Paulo Freire: “É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática”.

Luta antirracista e carta dos servidores

Revoltas Negras, Exclusão racista, Racismo Recreativo e Necropolítica foram os temas de quatro vídeos curtos para lembrar das questões centrais que fazem perdurar o longo processo de desigualdade entre brancos e negros no país. Questões que resultam no genocídio de pessoas negras, no encarceramento em massa, na pobreza e na violência contra as mulheres negras.

Uma carta assinada por cinco confederações de trabalhadores dos serviços públicos, chamada de “Aliança das Três Esferas”, também foi lida durante o evento. No documento os trabalhadores afirmam que “somente juntos vamos derrotar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 32, da reforma da Administrativa do governo Bolsonaro”, que ataca o serviço e os servidores públicos.

*Com informações da CUT Brasil


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Edição: Marcelo Ferreira