Representantes da Frente dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul, que é composta por mais de 30 entidades das três esferas do serviço no estado, realizaram um ato em Porto Alegre contra a reforma administrativa, na manhã desta quarta-feira (22). Os servidores estenderam uma faixa de 23 metros sobre a passarela de acesso à Rodoviária pressionando os deputados gaúchos para que não votem na PEC 32. Também distribuíram material alertando a população sobre o impacto que a reforma administrativa pode trazer.
“É uma mobilização importante, pois não estamos fazendo apenas um alerta sobre os ataques aos direitos dos servidores públicos, mas acima de tudo um alerta para a destruição dos serviços públicos prestados à população, sobretudo aqueles mais carentes e que necessitam do Estado, que estão correndo sérios riscos, com a terceirização e a precarização de serviços de saúde, educação, acesso à justiça e assistência social”, ressalta o coordenador-geral do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do RS (Sindjus-RS), Fabiano Zalazar.
Conforme explica Fabiano, a ação desta manhã, faz parte de uma uma atividade conjugada, da Frente dos Servidores Público com diversos atos e mobilizações que estão sendo realizados em Brasília e em todo Brasil.
Para os integrantes da Frente, a reforma administrativa é um ataque direto aos servidores públicos. Conforme pontuam, muda as regras em relação a vínculos de contratação, gestão, avaliação de desempenho e estabilidade do funcionalismo nas esferas municipal, estadual e federal.
Andamento da PEC em Brasília
De autoria do deputado Arthur Maia (DEM-BA), o relatório da PEC estava previsto para ser votado nesta terça-feira (21), contudo dissidências fizeram com o que o mesmo fosse adiado para tarde desta quarta-feira. Até o momento, os partidos PT, PDT, PSB, PSOL, PCdoB, Solidariedade, PV e Rede já anunciaram posição contrária à PEC 32
As oito legendas afirmaram que fecharam questão sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2020, o que significa dizer que todos os correligionários devem votar contrariamente à pauta.
Juntas, as legendas contabilizam 154 parlamentares dos 513 que compõem a Casa. Para receber aval do plenário à PEC, o governo precisa de 308 apoios em dois turnos diferentes de votação.
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Edição: Marcelo Ferreira