Diversas centrais sindicais e entidades que representam trabalhadores do serviço público e privado irão se mobilizar, nesta quarta-feira (18), contra a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2020, a chamada Reforma Administrativa, encaminhada pelo governo Bolsonaro. As mobilizações também se voltam contra a aprovação do texto-base da Medida Provisória 1045/21 (MP 1045), que retira direitos trabalhistas principalmente dos trabalhadores mais jovens.
Servidores públicos das esferas federal, estadual e municipal preparam paralisações e protestos durante todo o dia. Algumas categorias de trabalhadores do setor privado também anunciam atividades de mobilização contra a aprovação da PEC 32, como é o caso dos metalúrgicos e dos bancários. A paralisação é articulada pelas centrais sindicais e entidades de base e foi definida durante um encontro nacional das centrais, no final de julho.
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Outra categoria que estará mobilizada é a dos trabalhadores dos Correios, que entrará em greve a partir de hoje (17). A greve dos Correios é uma convergência com a mobilização nacional contra a PEC 32, tendo em vista que a empresa pública de entregas, frete e logística está ameaçada de privatização.
A Reforma Administrativa tramita atualmente na Câmara dos Deputados e pode ser votada até o final deste mês na comissão especial que discute o tema. A mobilização dos trabalhadores quer derrotar o projeto ainda na comissão. Recentemente, a comissão da Câmara realizou um seminário na Assembleia Legislativa do RS, discutindo os efeitos da PEC 32 na sociedade, clique aqui e confira.
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No RS, diversas categorias farão atividades
No estado, haverão mobilizações no Interior e na Capital. A Central Única dos Trabalhadores do RS confirmou atos em Caxias do Sul, Rio Grande e Santa Maria.
Além da CUT RS, estiveram reunidas as centrais sindicais Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB RS), a Força Sindical RS, a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil RS (CGTB RS), Intersindical RS, Central Sindical e Popular RS (CSP-Conlutas RS), Central dos Sindicatos Brasileiros RS (CSB RS), Pública Central do Servidor e o Fórum das Centrais Sindicais. Ficou definida a programação de um dia de luta em Porto Alegre.
Pela manhã, às 11h, haverá um ato em frente ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde serão estendidas faixas e bandeiras para alertar a população que o funcionamento do hospital corre risco com a aprovação da PEC 32. O HPS fica na esquina da Avenida Oswaldo Aranha com a Avenida Venâncio Aires. A Rede Soberania e o Brasil de Fato RS estarão fazendo a cobertura e entrarão ao vivo.
No início da tarde, às 13h, haverá uma vigília em frente ao Palácio Piratini, para alertar aos deputados estaduais sobre os efeitos da aprovação da PEC 32 no RS. A ideia é que os participantes do ato no HPS se encaminhem para a vigília no Piratini.
Por fim, às 18h, haverá um ato político na Esquina Democrática (esquina da Rua dos Andradas com a Borges de Medeiros). O objetivo será dialogar com a população gaúcha. Haverá equipamento de som para a realização de falas e distribuição de material informativo para a população.
Sindicato dos Policiais Civis fará atividades
O Sindicato dos Agentes da Polícia Civil do RS (Ugeirm) informa que os trabalhadores organizados pela categoria irão se mobilizar a partir das 8h da manhã de quarta-feira (18), até as 12h. Nesta parte da manhã, será realizada uma concentração em frente ao Palácio da Polícia (Porto Alegre), onde os policiais irão dialogar com a população e colegas sobre as consequências da aprovação da PEC32.
No interior do estado, o Sindicato orientou concentrações em frente às Delegacias de Polícia, também com o propósito de informar a população sobre o que a Ugeirm chamou de "verdadeiro desmonte pretendido pelo governo, com a aprovação da PEC32".
Confira a agenda em Porto Alegre
⏰ 11h - Ato em frente ao Hospital de Pronto Socorro (HPS);
⏰ 13h - Vigília dos servidores estaduais, em frente ao Palácio Piratini. Representantes do Sindsepe-RS e do Sindicaixa irão entregar a sua pauta unificada de reinvindicações ao governo;
⏰ 15h - Ato público em frente ao Palácio contra o arrocho salarial e as políticas privatistas e injustas de Eduardo Leite;
⏰ 18h - Manifestação da classe trabalhadora contra a Reforma Administrativa de Bolsonaro, na Esquina Democrática.
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Edição: Katia Marko