Nesta sexta-feira (13), às 19h, Pâme
A live será realizada no Instagram Pâme
O projeto "No Avesso do Samba" são lives de bate-papo em que a sambista Pâmela Amaro convida mulheres que são lideranças e referências dentro do universo da música, em diversas áreas como nas culturas populares, na produção musical, na pesquisa e na criação artística. Estes encontros ao vivo têm por objetivo enriquecer o processo criativo do disco Samba às Avessas, primeiro álbum autoral da cantora e compositora que tem patrocínio da Natura Musical, por meio da Lei Estadual de Incentivo (LIC). O projeto está em fase de produção e tem previsão de lançamento em 2022.
A ideia de um samba às avessas trazida no contexto do novo disco consiste em reconhecer o samba a partir das narrativas trazidas pelo olhar das mulheres. O avesso é olhar pelo lado da matriarcalidade, significa ver pelo lado de dentro, ir a fundo em busca de mostrar o ponto que não se vê. Sendo assim, a cada dia 13, ela convida o público a conhecer trajetórias de mulheres que merecem ser cada vez mais valorizadas e reverenciadas pelos papeis que desenvolvem nas suas comunidades.
O dia 13 é marcado pelo 13 de abril, Dia da Sambista, aniversário de Dona Yvone Lara e também da sambista gaúcha, Zilah Machado, dia de falar de samba com mulheres. Em sua primeira edição, Pâmela convidou a cantora e compositora Nilze Carvalho e a produtora cultural e jornalista Silvia Abreu; na segunda livre recebeu as jongueiras, Mestra Marcia Cunha e sua filha Luciana Carvalho, e na última edição conversou com as cantoras e compositoras Glau Barros e Marietti Fialho.
Sobre as convidadas
Fernanda Oliveira é historiadora com doutorado pela UFRGS e estágios de pós-doutoramento pela UFRRJ e UDESC. Membro do GT Emancipações e Pós-Abolição da ANPUH, da Rede de Historiadores Negros e Historiadoras Negras, e do Coletivo Atinúké - Sobre o pensamento de mulheres negras. Professora do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade UFRGS.
Sherol dos Santos é mãe do Teodoro e Atinúké. Passista na Ala de Cabrochas na Imperadores do Samba e Academia de Samba Praiana, de Porto Alegre. É historiadora com experiência em escravidão no RS, territórios quilombolas, educação em museus e ensino de História. Mestre em História pela Unisinos, mestre em Ensino de História pela UFRGS/UFRJ. Formadora do Time de Formação do Portal Nova Escola. Atualmente, é docente da Rede Estadual e Privada no Rio Grande do Sul e doutoranda em História na UFRGS.
O Coletivo Atinúké é um grupo de estudos sobre o Pensamento de Mulheres Negras Atinúké. Busca unir a propriedade intelectual e as experiências de ser uma mulher negra para fortalecer os objetos de estudo do grupo. Criado em 2015, surgiu do encontro de Giane Escobar, Fernanda Oliveira e Nina Fola na UFRGS. A ideia de formalizar um grupo de estudos para abordar perspectivas que foram negligenciadas pela academia culminou na criação do Curso Atinúké, que encontrou seu espaço físico no Ponto de Cultura Áfricanamente, no bairro Independência, na capital gaúcha.
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Edição: Marcelo Ferreira