O tema da pobreza menstrual foi debatido em audiência pública realizada pela Câmara Municipal de São Leopoldo. A audiência foi proposta pelo vereador Tiago Silveira (PT) e, além de caracterizar o problema, debateu políticas para o enfrentamento à pobreza menstrual no município.
De acordo com o parlamentar que propôs a audiência, a pobreza menstrual é caracterizada pela falta de acesso a saneamento básico e itens de higiene, seja por questões estruturais ou por falta de informação.
"Precisamos de um processo de formação contínua não só nas escolas, mas em vários espaços do município, para que a gente prepare estas meninas para esse momento tão importante de suas vidas. Dignidade menstrual passa por saneamento básico, acesso a produtos e também educação”, destacou.
A secretária de Desenvolvimento Social do município, Margarete Ferretti, esteve presente e ressaltou que, antes dos absorventes, é preciso garantir o acesso ao saneamento básico.
“A gente sabe bem o quanto é difícil para as nossas alunas, para as meninas, conviver com o ciclo menstrual. Toda a dificuldade que você enfrenta por ser um tabu, por estar preocupada com seus coleguinhas homens que fazem piadas, e além de tudo passar por dificuldades em adquirir seus absorventes. Essas são políticas públicas que precisamos lutar para que sejam garantidas neste país”, declarou.
A assessoria de comunicação da Câmara de São Leopoldo informa que mais de 3 mil absorventes foram doados por comerciantes e pessoas da comunidade, e serão entregues à farmácia municipal a fim de disponibilizar para a população de baixa renda.
A audiência pública teve como encaminhamento debater a indicação de um Projeto de Lei e definir quais serão os critérios para esta política pública de saúde. A discussão completa está disponível nos canais oficiais da Câmara no Youtube e no Facebook.
O debate contou com a participação dos secretários (as) municipais de Saúde, Marcel Frison, de Políticas para Mulheres, Fábio Bernardo e de Direitos Humanos, Paulete Souto, assim como, do Coordenador da Central Única de Favelas (CUFA) de São Leopoldo, Pablo Alba, e da representante do Projeto Menstruantes, Elisângela Alfonso.
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Edição: Marcelo Ferreira