Rio Grande do Sul

COVID-19

Rede Brasileira de Mulheres Cientistas destaca em nota importância do uso de máscara

Texto esclarece a importância das máscaras até que o Brasil atinja a cobertura vacinal que confira imunidade coletiva

Brasil de Fato | Porto Alegre |
"O uso de máscaras tem se mostrado uma medida efetiva, segura e de baixo custo para a reduzir o risco da transmissão respiratória do novo coronavírus", afirma nota - Fabiana Reinholz

Essa semana a Rede Brasileira de Mulheres Cientistas divulgou uma nota ressaltando a importância do uso da máscara durante a pandemia do novo coronavírus. Assinada por Lucia Pellanda, Melissa Markoski, Ana Maria Brito, Luciana Sarmento, Mellanie Dutra, Luciana Santana, Silvia Gatti, o texto tem como objetivo esclarecer a importância do uso das máscaras em relação à pandemia da covid-19 e para a prevenção da transmissão do vírus SARS-CoV-2 e suas variantes, até que o Brasil atinja a cobertura vacinal que confira imunidade coletiva.

“Em locais com transmissão acelerada, como é o caso do Brasil, apenas a estratégia isolada da vacinação, sobretudo numa velocidade lenta, não é capaz de conter a transmissão do SARS-CoV-2, já que ela se dá também por portadores assintomáticos do vírus, mesmo vacinados. Assim, é necessário manter uma campanha de comunicação intensiva pela manutenção de cuidados preventivos, como o uso de máscaras e o distanciamento físico entre pessoas”, afirmam as cientistas. Elas destacam que as recomendações de outros países para pessoas vacinadas não se aplicam ao Brasil, pelo menos por enquanto, pois as taxas de transmissão e as condições epidemiológicas e o percentual de pessoas vacinadas são diferentes entre os países, sendo ainda baixo no Brasil.

“Enquanto avançamos em busca da realização dos objetivos necessários e suficientes de cobertura vacinal, deve-se observar o uso de máscaras e a adoção das medidas de enfrentamento, tanto individuais, quanto medidas assertivas mais restritivas de controle da mobilidade e, por consequência, da transmissão do vírus. Tais medidas são fundamentais para reduzir o risco de tanto surgir novas variantes de maior preocupação, quanto de aumentar a exposição da população, mesmo se completa ou ainda não completamente imunizada”, frisam. 

Conforme reforçam as cientistas o uso da máscara é indissociável de uma ética do cuidado de si, de sua família, da comunidade local e, mais amplamente, do coletivo. De acordo com o texto, a redução na transmissão de viroses pelo uso de máscaras na pandemia também melhor protege principalmente aqueles que estão em condições mais vulneráveis de saúde ou de exposição (trabalhadores indispensáveis, por exemplo, povos isolados), ou que não possam ser vacinados, como crianças pequenas, pessoas com câncer e imunodeprimidos, entre outros. “Reiteramos que, até atingirmos a cobertura vacinal ideal, a máscara é, portanto, absolutamente indispensável”, sublinham.

O texto também explica a diferença e uso de cada tipo de máscara. E, por fim, na nota, as cientistas recomendam que:

  • Campanha de comunicação intensiva para engajamento e conscientização da população: a) importância da vacinação, inclusive a segunda dose, e efeitos adversos raros; b) importância da manutenção das medidas de prevenção não farmacológicas, mesmo após a vacinação, com ênfase na manutenção do uso adequado das máscaras. 
     
  • Distribuição de máscaras adequadas, preferencialmente PFF2/N95, para utilização em escolas, empresas, indústrias e demais espaços internos que acarretam a permanência de muitas pessoas por longo período de tempo.
     
  • Criação de vigilância de notícias falsas e desinformação para mitigar e prevenir seus efeitos na disseminação de informação sobre máscaras.
     

Confira a íntegra da nota. 


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Edição: Katia Marko