O gabinete do vereador porto-alegrense Matheus Gomes (PSOL) encaminhou ao senador Randolfe Rodrigues (Rede), vice-presidente da CPI da Covid, um ofício solicitando que a CPI investigue a política de "incentivo e apologia ao tratamento precoce feita pelo Prefeito Sebastião Melo (MDB)".
O ofício destaca a postura da prefeitura de Porto Alegre desde o início da gestão com relação a esse tema, que inclui medidas como a solicitação de 25 mil comprimidos de hidroxicloroquina ao governo federal. Afirma também que houve um esforço junto à base do governo na Câmara para aprovar projetos nesse sentido.
O documento ainda recorda que, no mesmo dia da aprovação do Projeto de Lei que trata sobre a responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde na disponibilização de medicamentos ou suplementos para tratamento precoce de pacientes com sintomas da covid-19, o secretário municipal de Saúde, Mauro Sparta, e uma das autoras do Projeto, a vereadora Comandante Nádia (DEM), que é vice-líder do governo na Câmara, participaram de um encontro virtual com a presença da médica Nise Yamaguchi para conversar sobre o tema.
Nise é defensora do “Kit-Covid” e é apontada pela CPI da Covid como uma das integrantes do gabinete paralelo, grupo investigado por orientar o presidente Bolsonaro na condução das medidas de combate à pandemia.
Segundo Matheus Gomes, a tomada dessa decisão se deu após a sanção do prefeito, na semana passada, do Projeto de Lei que incentiva o uso desses remédios. "No relatório, mostramos como a prefeitura defende, desde o primeiro dia de governo, o uso de tratamento precoce sem comprovação científica contra a covid-19”, afirma o vereador.
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Edição: Marcelo Ferreira