O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte de seu parceiro de chapa em 1989 e 1994, José Paulo Bisol. “Foi certamente (a campanha) mais emocionante da minha vida. E Bisol foi o melhor companheiro que eu poderia ter naquela jornada”, comentou em nota nas redes sociais. A morte do ex-senador do PSB, aos 92 anos, ocorreu hoje (26) em Porto Alegre, em decorrência de problemas cardíacos e respiratórios. “Um brasileiro que jamais poderá ser esquecido”, definiu Lula.
“Sua ausência nesta dimensão da vida terrena, no momento de obscurantismo e desconstituição da política que enfrentamos fará enorme falta”, postou o ex-governador gaúcho Olívio Dutra. Também o ex-ministro e ex-governador gaúcho Tarso Genro lastimou o fato. “Poeta, jurista, juiz, cidadão, militante pela democracia e pela República”, descreveu. “Perde o Brasil. Descansa em paz, amigo e companheiro”, acrescentou.
“Um radical na defesa da democracia”
O presidente do PT gaúcho, deputado federal Paulo Pimenta, classificou Bisol como “um ser especial, um radical na defesa da democracia, dos direitos humanos e de uma justiça e de uma segurança pública que rompessem com a cultura autoritária, desigual e excludente presente na nossa sociedade e que segue com profundas raízes no Estado brasileiro”. Na sua visão, a coragem de Bisol fez com que, muitas vezes, ele não fosse compreendido.
“Ataque sistemático da mídia”
“Bisol trabalhava com uma paixão enorme, por vezes sem nenhuma mediação, com uma coragem e honestidade que juntas lhe asseguravam uma autoridade a quem todos deviam respeito”, disse o ex-ministro e ex-vice-governador Miguel Rossetto, seu companheiro ao tempo do governo Olívio Dutra. “Sempre fiquei muito impressionado com a força, a energia, a clareza erudita e a beleza das ideias anunciadas em seus discursos. (...) A ideia da justiça encantava o homem e o desembargador”, acrescentou.
Coordenador de comunicação da Secretaria de Justiça e Segurança no período de Bisol, o jornalista José Lima lembrou que o então secretário “enfrentava com serenidade e coragem o ataque sistemático da mídia ao radical projeto que comandava de construir uma nova segurança pública como serviço e não como poder”.
A Associação dos Juízes/RS (Ajuris) destacou que Bisol era um defensor dos direitos humanos. E a Secretaria de Segurança Pública/RS emitiu nota lamentando o falecimento do ex-titular da pasta.
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Edição: Katia Marko