Um levantamento realizado pelo CPERS - Sindicato dos Professores e Funcionários de Escola do do Rio Grande do Sul revela que o estado já tem, pelo menos, 437 casos de covid-19 entre a comunidade escolar desde a retomada das atividades presenciais, no dia 3 de maio. Ao todo, 199 escolas de 100 cidades responderam o questionário até este domingo (30). Professores e alunos estão entre os que apresentam o maior contingente de infectados. Apenas 34,7% das escolas com casos positivos suspenderam as aulas após o diagnóstico.
Conforme o levantamento preliminar, entre as escolas que responderam ao questionário, 133 escolas (62,6%) de 76 municípios relataram casos de covid-19, incluindo 153 professores(as), 95 funcionários(as), 43 integrantes da equipe diretiva e 146 alunos(as).
A pesquisa também coletou dados sobre a sensação de segurança em relação ao ambiente escolar, qualidade e quantidade dos EPIs e adequação das orientações enviadas pelo governo do estado a respeito dos protocolos.
Para 70,7% dos que responderam, a escola não oferece condições de segurança adequadas para a realização de aulas presenciais. 32,4% responderam que não há EPIs suficientes e adequados para a proteção da comunidade escolar. Outros 78,2% responderam que o governo não fez um bom trabalho na orientação da comunidade escolar a respeito dos protocolos de segurança sanitária.
A pesquisa continua em andamento e pode ser acessadas neste link.
O governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou, na tarde da última sexta-feira (28), o início da vacinação para os trabalhadores da educação.
Realidade estadual reflete na rede municipal
A realidade observada na rede estadual também é refletida nos municípios. Em Novo Hamburgo, região metropolitana de Porto Alegre, por exemplo, de acordo com o Sindicato dos Professores Municipais do município, a cidade já tem 11 pessoas confirmadas com covid-19, entre professores, funcionários e estagiários desde o início das aulas presenciais, além de 13 suspeitas.
Conforme afirma o presidente da entidade, Gabriel Ferreira, as escolas em que houveram casos confirmados não foram fechadas, mas a turma foi dispensada de uma das escolas. “Há esses problemas de protocolo, pois as orientações não batem. Em algumas escolas não fecharam turmas, só afastaram o professor”, comenta.
Ainda de acordo com o dirigente, a prefeitura vacinou até o momento professores da educação infantil, no dia 22, contudo não as equipes diretivas, estagiários e funcionários das escolas. "E das outras etapas, ensino fundamental, EJA, quem trabalha em outros locais como espaços pedagógicos, esses não foram vacinados ainda e não há cronograma. Essa é uma das cobranças que temos feitos e que vamos intensificar agora, principalmente a partir dessa mudança de orientações do Ministério da Saúde", afirma.
O levantamento do Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo iniciou semana passada e segue aberto.
Em Porto Alegre, que já registrou casos de covid em escolas e suspensão de atividades na semana passada, os trabalhadores da área vão receber aplicações do imunizante da Pfizer a partir desta terça-feira (1), começando por quem integra a rede municipal, em 12 unidades de saúde. Na quarta (2), serão contemplados os trabalhadores da educação da rede de escolas comunitárias. Com a chegada de novas remessas de vacinas, a vacinação será estendida para as redes privada e estadual.
O Brasil de Fato RS entrou em contato com a Secretaria Estadual de Educação (SEDUC), que informou que diante da ocorrência de casos suspeitos/confirmados de covid-19, as autoridades de saúde municipais são imediatamente comunicadas pelo COE-E Local, formado por membros da comunidade escolar e pela respectiva Coordenadoria Regional de Educação. A decisão sobre o fechamento temporário de escolas é tomada em acordo entre representantes da educação, saúde e administração municipal.
*Com informações do CPERS - Sindicato
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Edição: Marcelo Ferreira