Uma das estratégias do poder corporativo é fazer com que os projetos e políticas econômicas sejam indecifráveis para a maioria da população. No caso dos acordos de livre comércio, além de tudo, os textos das negociações são secretos. Por isso, desvendar a lógica e os interesses destes acordos é uma tarefa dos movimentos sociais.
A Amigos da Terra Brasil (ATBr) e a Marcha Mundial das Mulheres do Brasil (MMM) lançam juntas uma nova animação de denúncia dos interesses das empresas transnacionais no Acordo União Europeia-Mercosul.
Assista:
Animação apresenta mulheres que sofrem os impactos da crise
A animação apresenta as personagens Fátima e Rita, trabalhadoras urbanas que estão sentindo na pele os impactos da crise no Brasil. Em meio ao desemprego e ao trabalho informal e precário, à sobrecarga de trabalho doméstico e cuidados, ao aumento da miséria e da fome e às milhares de mortes no país em decorrência do coronavírus, elas recebem a notícia de que o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia está prestes a ser assinado após 20 anos de tratativas.
Juntas, elas assistem televisão e conversam sobre as dificuldades que sentem na pele com a precarização da vida. No canal dos trabalhadores, o apresentador do telejornal entrevista a ativista Roberta. Ela denuncia os impactos do acordo e a lógica de mercado que privatiza saúde, educação e alimentação. A animação expõe como o livre comércio aprofunda a exploração sobre as mulheres, o povo negro e trabalhador, as agricultoras e agricultores familiares, as comunidades tradicionais e os bens comuns do Sul global. E as alternativas também são colocadas: com solidariedade, soberania popular, economia feminista e justiça ambiental poderemos mudar o sistema e colocar a vida em primeiro lugar.
Video teve live de lançamento
O vídeo foi lançado com uma transmissão ao vivo, em português, com a participação de integrantes da Marcha Mundial das Mulheres, Amigos da Terra Brasil e MST. As companheiras denunciam o poder corporativo e a agenda neoliberal e neocolonialista na qual o acordo se insere. Elas reforçam também a necessidade de uma luta popular articulada contra o livre comércio.
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Edição: Marcelo Ferreira