O Sindicato dos Motoristas em Transportes Privados por Aplicativos do Estado do Rio Grande do Sul (Simtrapli-RS) divulgou uma nota pública de repúdio devido à decisão da empresa Cabify de deixar de operar no Brasil a partir de 14 de junho. A decisão da empresa deixou os motoristas surpresos e preocupados.
A Cabify pertence à espanhola Maxi Mobility, e atua em 11 países. No Brasil adquiriu a plataforma Easy Taxi, em 2016, e está hoje presente em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Campinas e Santos.
Trabalhadores ficaram prejudicados
A Cabify costumava ser mais exigente do que as outras empresas de transporte por aplicativo, exigindo carros novos dos motoristas. O Simtrapli-RS lembra que, para atender à demanda da empresa, milhares de motoristas foram levados a investir nos veículos e na sua qualificação, de forma que foram surpreendidos quando, de surpresa, a empresa anunciou sua saída do Brasil.
"São imensos os prejuízos que a saída abrupta da Cabify causa ao nosso país e, principalmente, aos que com ela trabalham”, afirma a nota do Sindicato.
O Simtrapli-RS afirma que vai encaminhar uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho, pedindo que sejam tomadas providências para que a empresa não saia do país sem antes arcar com os compromissos firmados e pagar dívidas existentes com os trabalhadores.
Além disso, a assessoria jurídica do Sindicato afirma que estará à disposição de todos os motoristas que queiram buscar no Judiciário os seus direitos, bem como as indenizações que forem devidas.
Justificativa foi a crise econômica do país
A Cabify atribui a sua saída do país à crise econômica agravada pela pandemia do novo coronavírus.
"O mercado brasileiro ainda é muito afetado pela grave situação sanitária do país e pela crise sócio-econômica local causada pela covid. Este contexto dificulta a criação de valor e tem levado a empresa a parar sua operação no Brasil", declarou a Cabify em nota.
A multinacional também comparou o nível de recuperação da operação brasileira com o de outros países em que atua. O aplicativo vai manter suas operações em outros 10 países da América Latina.
"Todas as cidades da América Latina e da Espanha onde Cabify está presente mostram bons índices de recuperação em comparação com o nível de atividade anterior à pandemia", diz a nota da empresa.
* Com informações da CUT-RS
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Edição: Marcelo Ferreira