Foram registrados 277 óbitos em decorrência da covid-19 no Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (8), de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Com isso, já são 21.538 vidas perdidas no território gaúcho em função da doença.
O RS também soma 879.263 infectados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, com a confirmação de 4.608 novos casos pela SES. Dos infectados até o momento, 843.500 (96%) são considerados recuperados e 14.153 (2%) estão em acompanhamento.
De acordo com a SES, Porto Alegre foi a cidade com o maior registro de vítimas fatais, sendo 31 óbitos, seguida de Alvorada (24), Canoas (22), Caxias do Sul (11), São Leopoldo (8), Viamão (7), Novo Hamburgo, Gravataí e São Gabriel (6), Santa Maria, Pelotas, Bagé, Guaíba e Nova Santa Rita (5), Marau, Eldorado do Sul, Charqueadas, Imbé e Jaguarão (4).
Outras diversas cidades registraram, hoje, de um a três óbitos. Dos 497 municípios gaúchos, somente 17 não têm registro de vítimas fatais.
Situação das UTIs segue preocupante
A ocupação geral das UTIs em todo o Rio Grande do Sul teve leve recuo no início de abril, contudo a situação ainda é grave. Às 18h desta quinta-feira, a ocupação estava em 95,4%. Dos 3.404 leitos de UTI em operação, apenas 158 estão disponíveis. Dos 3.246 internados, 2.328 (71,7%) têm diagnóstico positivo para a doença e mais 98 (3%) estão sob suspeita.
A rede privada segue com superlotação, com 107,8% de ocupação dos leitos de UTI em todo o estado. Já os leitos do Sistema Único de Saúde registram ocupação de 90,6%. Dos 2.458 leitos SUS em operação, 2.226 estavam ocupados.
Porto Alegre tem 739 pacientes com covid em leitos de UTI
A capital gaúcha segue com sistema hospitalar colapsado, registrando ocupação das UTIs de 104,30%. Ao menos oito hospitais estão atendendo além da sua capacidade, dois estão ocupação máxima, três estão em lotação acima de 90%, três estão acima de 80%, dois estão com ocupação acima de 70%.
Dos 1.042 pacientes em cuidados intensivos na Capital, 739 têm covid-19 confirmada. Além disso, 38 têm suspeita da doença e 92 positivados aguardam na emergência por leitos.
Além dos hospitais, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Porto Alegre permanecem superlotadas e atendem somente casos graves, como as unidades Bom Jesus, Cruzeiro do Sul, Moacyr Scliar e Lomba do Pinheiro, segundo reportagem do jornal Correio do Povo.
No setor de traumatologia do Pronto Atendimento da Cruzeiro do Sul (PACS) a lotação no PACS atingiu 250%. No Pronto Atendimento da Bom Jesus, atingiu 142,86%, e na UPA Moacyr Scliar, na zona Norte de Porto Alegre, chegou a 182,35%.
País tem novo recorde de vítimas fatais em 24 horas
O Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) registrou, em boletim publicado hoje (8), 4.249 óbitos e 86.652 infectados em todo o país. Com isso, o Brasil já soma 344.025 mortes e 13.279.857 contaminados pelo novo coronavírus.
O RS é o terceiro estado com maior número de pessoas infectadas e o quarto em relação às vítimas fatais, de acordo com o Conass.
O que é coronavírus?
É uma extensa família de vírus que podem causar doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a OMS, em humanos, os vários tipos de vírus podem causar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns até a crises mais graves como as provocadas pela síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.
Como ajudar a quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Como tirar dúvidas?
A Secretaria Estadual da Saúde recomenda à população e aos profissionais de saúde do RS que entrem em contato com a vigilância epidemiológica de seu município para esclarecimento de dúvidas. Nos horários que as repartições municipais não estiverem atendendo ao público, está disponível o telefone 150 - Disque Vigilância da SES. Questionamentos podem ser encaminhados também para o email [email protected].
Edição: Marcelo Ferreira