"Não é admissível que o Governo do RS continue nesta destruição das empresas públicas como a CORSAN. Anteriormente, já foram a CEEE, a CRM e a Sulgás, todas em licitação e liquidação, por valores vis e descabidos. O patrimônio do Estado do RS está sendo dilapidado e entregue à iniciativa privada e aos que apoiaram o atual governador”. O alerta é da Associação dos Servidores da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (ASFEPAM), em nota de repúdio à venda empresa gaúcha de saneamento básico.
A associação exorta a todos para que se manifestem respondendo ao governador que a sociedade gaúcha não quer entregar as empresas. Critica a estratégia do governo estadual de acabar com a necessidade de plebiscito para realizar a venda e destaca que a Constituição Estadual determina que o plebiscito oportuniza a devida discussão na sociedade.
“No entanto, o governador Leite sempre insiste em alterar as vias legais, nesta caso, a Constituição gaúcha, para que o plebiscito não seja realizado por meio da PEC-280/2019 que tira a discussão pública para a venda da CORSAN. Assim, como remete para Assembleia Legislativa projetos de lei em regime de urgência, ele relega a sociedade e população gaúcha a simples observadores, sem que estes possam discutir e decidir por estas vendas”, diz o texto, que recorda que Eduardo Leite (PSDB) havia se prometido em não vender a Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN) durante sua campanha eleitoral.
Assinada pela diretoria da ASFEPAM, a nota de repúdio critica ainda o sucateamento das empresas promovido pelo governo, “de modo a reduzir o valor delas e facilitar a venda”. A entidade afirma que este com sucateamento proposital, “o governo alega que as empresas são deficitárias e, por esta razão, precisam ser vendidas”.
“Deficitários são os governos que não têm criatividade para vencer as crises, que não têm planejamento adequado, que não fazem a gestão adequada do nosso patrimônio e que colocam à frente destas empresas pessoas que não tem experiência na condução dos bens gaúchos, pessoas estas que não são do ramo e tornam-se incapazes de uma gestão coerente e adequada”, conclui a entidade, em solidariedade aos empregados as CORSAN.
Confira aqui a nota de repúdio da ASFEPAM na íntegra.
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Edição: Marcelo Ferreira