O prefeito de São Leopoldo (RS), Ary Vanazzi (PT), foi eleito para um segundo mandato na presidência da Associação Brasileira de Municípios (ABM), para o período de 2021 a 2023. A assembleia ocorreu nesta terça-feira (16) e renovou toda a direção. Vanazzi prometeu muito empenho neste novo mandato na ABM, a mais antiga entidade municipalista do país. "Vamos continuar trabalhando pelo fortalecimento dos municípios em um momento de agravamento da crise em saúde pública”, prometeu.
O presidente defende lutas emergenciais junto com o combate à pandemia. Primeiro, a aquisição imediata de vacinas pelo governo federal para garantir a imunização da população. Segundo, a volta do auxílio emergencial que garanta uma renda básica para a população mais vulnerável econômica e socialmente, e também o socorro financeiro aos municípios.
Ele destacou que a entidade, em seus 75 anos de história, sempre teve posições firmes em defesa dos municípios brasileiros e “sem atrelamento a governos”, e que essa será a linha política da nova diretoria. “Enfrentamos um quadro de grandes dificuldades e somente a união de prefeitos e prefeitas poderá reverter a desconstrução do Estado e das políticas públicas estruturadas nos últimos anos. Afinal, somos o elo com a sociedade, somente nós temos o contato direto com a população.”
A outra preocupação de Vanazzi é a situação econômica e financeira dos municípios. Segundo ele, a conjuntura está apontando para um estrangulamento das finanças públicas. Lembra que em 2020 a população era atendida pelo auxílio emergencial, votado na época pelos congressistas, e as prefeituras receberam pelo menos uma parte da reposição das perdas financeiras que tiveram com a pandemia.
"As prefeituras conseguiram sobreviver à crise econômica que se agravou com a pandemia, mas a maior parte do atendimento às necessidades da população foram bancadas pelos próprios municípios”, explicou. “Hoje, não temos mais esse cenário. O auxílio à população foi reduzido e as prefeituras não contam com ajuda federal. O quadro é bastante difícil”, afirmou.
Na segunda-feira (15), o presidente da ABM e a prefeita de Lauro de Freitas (BA), Moema Gramacho, eleita presidente do Conselho Deliberativo, entregaram ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), propostas elaboradas na reunião emergencial que a entidade coordenou diante do agravamento da crise em saúde pública.
Na assembleia geral desta terça-feira também foram alterados dois dispositivos do estatuto da ABM. O primeiro reduziu de três para dois anos o mandato da diretoria. O segundo foi a criação de representações regionais e temáticas.
* Com informações da assessoria de imprensa da prefeitura de São Leopoldo
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Edição: Marcelo Ferreira