O Rio Grande do Sul registrou 276 óbitos por covid-19 nesta quinta-feira (11), de acordo com o boletim da Secretaria Estadual da Saúde (SES). É mais um recorde de vítimas fatais em 24 horas somente nesta semana. Já são 14.363 vidas perdidas no território gaúcho em função da doença. A taxa de mortalidade está em 126,2 a cada 100 mil habitantes, com a letalidade em 2%.
O estado também registra 720.461 infectados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, com a confirmação de 7.103 novos casos pela SES. Dos infectados até o momento, 665.869 (92%) são considerados recuperados e 40.167 (6%) estão em acompanhamento.
De acordo com a SES, Porto Alegre foi a cidade com o maior número de vítimas fatais, sendo 37 óbitos, seguida de Gravataí (21), Canoas (14), Caxias do Sul e Viamão (13), São Leopoldo e Cachoeirinha (9), Novo Hamburgo (8), Santa Maria e Alvorada (7), Tramandaí (6), Ivoti (5), Passo Fundo, Lajeado, Canela e Jaguarão (4), Sapiranga, Capão da Canoa, Parobé e Encantado (3). Outras diversas cidades registraram, hoje, pelo menos um ou dois óbitos. Dos 497 municípios gaúchos, somente 39 não têm registro de vítimas fatais.
O Rio Grande do Sul segue até o dia 21 de março sob bandeira preta no modelo de Distanciamento Controlado, devido à disparada de internações hospitalares.
UTIs seguem superlotadas
Às 18h desta quinta-feira, a ocupação das UTIs em todo estado estava em 106,5%, sendo 3.288 pacientes em 3.088 leitos. Dos internados, 2.380 (72,1%) têm diagnóstico positivo para a doença e mais 152 (4,6%) estão sob suspeita.
Enquanto na rede privada se mantém a superlotação, com 128,7% de ocupação, os leitos do Sistema Único de Saúde seguem perto do limite de vagas. Hoje o índice alcançou a marca de 98,5% em todo o estado. Dos 2.214 leitos em operação, 2.180 estão ocupados.
800 pacientes com covid-19 internados em Porto Alegre
Porto Alegre segue com superlotação das UTIs, registrando ocupação de 111,08%. Ao menos sete hospitais estão atendendo além da sua capacidade, quatro estão em lotação máxima, quatro trabalhando acima de 90% e os demais acima de 80%. Dos 1.103 pacientes em cuidados intensivos na Capital, 800 têm covid-19 confirmada, o maior número de internados desde o início da pandemia. Além disso, 46 tem suspeita da doença e 187 positivados aguardam na emergência por leitos.
A prefeitura da Capital anunciou que entre hoje e amanhã receberá um hospital de campanha que estava em Manaus. A estrutura terá três barracas que vão abrigar 20 leitos, sendo quatro de UTI (que poderão ser ampliados). A montagem e guarda serão feitas pelos militares do Comando Militar do Sul. A prefeitura vai fornecer as equipes médicas e os equipamentos hospitalares.
A montagem começa imediatamente à chegada das estruturas no local. Ainda não há data confirmada para o início das operações, mas o objetivo, segundo informa o Executivo municipal, é acelerar o processo para disponibilizar os leitos o mais breve possível.
Brasil tem mais de 2 mil óbitos no dia novamente
O Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) registrou, em boletim publicado hoje (11), 2.233 óbitos e 75.412 infectados em todo o país. Com isso, o Brasil já soma 272.889 mortes e 11.277.717 contaminados pelo novo coronavírus. Na quarta-feira (10), haviam sido confirmadas 2.286 mortes pela doença.
O que é coronavírus?
É uma extensa família de vírus que podem causar doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a OMS, em humanos, os vários tipos de vírus podem causar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns até a crises mais graves como as provocadas pela síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.
Como ajudar a quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Como tirar dúvidas?
A Secretaria Estadual da Saúde recomenda à população e aos profissionais de saúde do RS que entrem em contato com a vigilância epidemiológica de seu município para esclarecimento de dúvidas. Nos horários que as repartições municipais não estiverem atendendo ao público, está disponível o telefone 150 - Disque Vigilância da SES. Questionamentos podem ser encaminhados também para o email [email protected].
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Edição: Marcelo Ferreira