O espetáculo "A Última Invenção" faz parte de uma série de experimentações do ator, diretor, criador e mestre de maquinarias do Grupo de Pernas Pro Ar, Luciano Wieser. Em parceria com os filhos Tayhú, profissional da área do audiovisual e da robótica, e Txai, da área de tecnologias digitais, e com a companheira, a atriz e produtora Raquel Durigon, Wieser desenvolveu uma nova peça teatral, destinada para o público virtual.
O projeto envolve ainda o intercâmbio com nove grupos de teatro, de nove cidades gaúchas, sessões de bate-papos com o público, ao final do espetáculo, e uma exposição virtual guiada. A iniciativa é realizada com recursos da Lei Aldir Blanc.
A primeira cidade a receber o projeto é Canoas, onde irá interagir com o Laboratório-Escola de Arte Popular. A estreia é nesta sexta-feira (12), às 20h, com transmissão pelo canal do Youtube do grupo.
Mais informações nas redes sociais do grupo: Facebook e Instagram
Circuito por outras cidades
Além de Canoas, integram a circulação as cidades de Passo Fundo, onde o intercâmbio é com o Grupo Ritornelo de Teatro (17/03); Santo Ângelo, com A Turma do Dionísio (19/03); Caxias do Sul, com o Grupo Ueba (20/03); Pelotas, com o Grupo Tholl (21/03); Maquiné, com o Amó Bem Viver (24/03); Lajeado, com a Pequena CIA de Atores (26/03); Alegrete com o Ponto de Cultura Multicultural (27/03), e Santa Maria com o VagaMundo (28/03).
Haverá um link especial com audiodescrição, de forma a garantir a acessibilidade do projeto. Parte dos convites serão destinados a entidade de terceira idade.
O processo de criação
Explorando a linguagem teatral com maquinarias de cena, Luciano Wieser pesquisa o Teatro Máquina há 32 anos, à frente do Grupo De Pernas pro Ar. Nesta nova montagem, ambientada em uma sala com invenções, é contada a estória de um homem de parcas memórias, onde máquinas de cena, ao serem por ele animadas, criam imagens e situações cotidianas. Assim, mantém uma rotina que também traz algo a mais para a sua vida. É por meio deste personagem, que não lembra mais das situações vividas, que a narrativa se constrói.
Luciano Wieser explica que a dramaturgia foi elaborada durante o processo de pesquisa e construção das máquinas, a partir de um diálogo entre ele e o objeto. "Eu me deixo levar pelos materiais encontrados. Não há nada pré-determinado; é o material que me escolhe. Ele tem memória. Ele tem passado e pode ter um futuro", reflete Wieser.
Neste sentido, visitar a exposição virtual de "A Última Invenção" é uma forma de conhecer os processos de construção das máquinas-personagens. No dia 15 de março, às 19h, ocorre uma live-exposição das máquinas de cena do espetáculo, com direito à visita guiada, conduzida por Wieser. A transmissão será pelo canal do Youtube do grupo.
Sinopse de "A Última Invenção"
Um velho sem memória e dez máquinas de cena. Ele inventou algo inusitado para sua velhice, curiosas máquinas de cena, e expõe sua criação, animando cada uma, criando imagens amorosas e situações cotidianas improváveis. Assim, mantém uma rotina que também traz algo a mais para a sua vida. É por meio deste personagem, que não lembra mais das situações vividas, que a narrativa se constrói.
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Edição: Katia Marko