Na manhã deste 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, foi realizado um ato simbólico no centro da Capital, no Largo Glênio Peres. A manifestação levou cruzes pretas, flores e músicas fúnebres para lembrar as trabalhadoras da saúde que perderam suas vidas na linha de frente do combate à pandemia no RS. O ato foi organizado pelo Sindisaúde-RS e CUT-RS.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, as mulheres são 65% da categoria hoje no Brasil: "Entre enfermeiras, funcionárias de higienização, recepção, administrativo, técnicas em enfermagem e médicas, elas estão na linha de frente nos serviços de saúde".
Os sindicatos lembram também que, pelo menos, 17 mil profissionais de saúde morreram de covid-19 em 2020 em todo o mundo, segundo relatório da Anistia Internacional. No Brasil, em pouco mais de 10 meses do ano passado, pelo menos 990 médicos, enfermeiros e técnicos, de acordo com dados oficiais, morreram vítimas da doença. A média é de três mortes por dia, desde o primeiro registro de óbito, ocorrido em 12 de março de 2020, segundo o Ministério da Saúde.
Foram homenageadas as trabalhadoras que faleceram no combate à pandemia: Andréia Oliveira Garcia, Bárbara Regina Vasconcellos, Gislaine Pinto, Mara Rúbia, Marilena Valduga, Mari Pail e Vera Lúcia.
“Isso nos choca e revolta porque as mulheres são da linha de frente. Estão atendendo, doando a vida, vindo a falecer, enquanto os governantes não cumprem as políticas mínimas de proteção da saúde”, apontou a diretora da Saúde do Trabalhador do Sindisaúde-RS, Lúcia Schaffer.
Vacina já e auxílio emergencial para combater a pandemia
Também presente no ato, o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, ressaltou que “as trabalhadoras e os trabalhadores da saúde estão desde o início da pandemia na luta. Precisamos valorizar esses profissionais, porque elas e eles, estando vivos, com saúde, são a garantia de uma prestação de serviço com qualidade para a população neste momento crítico da pandemia que estamos vivendo”.
Amarildo também ressaltou as bandeiras de luta para o momento, que são a vacinação para toda a população e auxílio emergencial de 600 reais para a população poder fazer o isolamento social: "[além disso] Precisamos garantir a segurança, principalmente dos profissionais da saúde, para seguirem no combate à pandemia, salvando vidas. E fora Bolsonaro", enfatizou Amarildo.
Confira a live com a transmissão do ato:
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Edição: Katia Marko