Com o fracasso do governo Bolsonaro para providenciar vacinas, os municípios estão começando a tomar a frente do problema. É o caso de São Leopoldo (RS). Na cidade industrial do Vale do Rio dos Sinos, a Câmara de Vereadores aprovou, por unanimidade, autorização à prefeitura para comprar as vacinas que o Ministério da Saúde não está oferecendo. Os vereadores concordaram com a abertura de crédito especial de R$ 5 milhões, proposto pelo Executivo municipal, que pode resultar na compra de 40 mil doses do imunizante.
Uma vez adquiridas, as vacinas seriam aplicadas em segmentos da população como o dos funcionários da educação, assistência social e segurança pública. Para a presidenta da Câmara, Ana Affonso (PT) a iniciativa confirma o protagonismo de São Leopoldo no enfrentamento da covid-19, demonstrado nos índices elevados de testagem e na distribuição de kits de alimentação e de cestas básicas na periferia da cidade. Com 238 mil habitantes, ocupando o oitavo lugar em número de casos no estado, o município realizou mais de 50 mil testes até agora.
“Brasil está muito atrasado”
“Estamos fazendo a nossa parte, correndo contra o tempo em defesa da nossa população”, ponderou, acrescentando que o Brasil “está muito atrasado no processo de imunização e enfrentamento da pandemia”. Para ela, o panorama atual se deve a “um período muito longo de negação da covid”.
Na segunda-feira, dia 1º de março, os vereadores de São Leopoldo lançarão o movimento “Vacina Já”. Segundo eles, a proposta é de somar forças com todos os setores do município, sem importar os posicionamentos políticos e ideológicos, para mobilizar a sociedade local a garantir a vacinação, único modo de retomar as atividades com segurança.
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Edição: Ayrton Centeno