O povo gaúcho agora terá pouco mais de um mês de luta pela manutenção da empresa gaúcha de energia pública, que presta um serviço de qualidade para a população e está na mira da privatização pelo governo Leite. O governo, inclusive, tem investido em manobras contábeis e estratégias de desinformação para viabilizar o leilão do braço de distribuição da companhia.
Além da perda da soberania energética, existem diversos outros malefícios que são possíveis para a população, se a privatização for bem sucedida, como a perda de empregos diretos e aumento da tarifa de energia. A privatização está sendo contestada na Justiça em diversas ações, sendo que já há uma Frente em Defesa da CEEE montada, planejando ações para evitar a perda desta importante empresa, que presta um serviço estratégico para o povo gaúcho.
Segundo dados apresentados na reunião de formação da Frente em Defesa da CEEE, os serviços da empresa servem à população de mais de um quarto do RS, respondendo também a 36% da energia elétrica distribuída, sendo que seus negócios estão em uma base regulatória de mais de 1 bilhão de reais e com uma receita operacional bruta de 4,3 bilhões de reais.
Um dado interessante sobre os déficits do braço de distribuição da companhia (CEEE-D) é que o município que mais acumula dívidas para com a CEEE é Pelotas, contribuindo significativamente para a piora no quadro financeiro deste braço da companhia (lembrando que a CEEE-GT e a CEEE-Par são superavitárias, dão lucro).
A dívida de Pelotas tornou-se deste tamanho justamente durante a gestão de Eduardo Leite na prefeitura da cidade. "Ai fica fácil gerir uma cidade, quando se tem fornecimento contínuo de energia mesmo sem pagar, imagine se fosse uma empresa privada que fornecesse o serviço", ressaltou um dos presentes na reunião de formação da Frente, alertando para a hipocrisia do hoje governador, que propaga um discurso de responsabilidade fiscal.
Confira reportagem da TVT sobre o adiamento do Leilão:
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Edição: Katia Marko