Rio Grande do Sul

Pandemia em números

Com 84 óbitos, Rio Grande do Sul atinge a marca de mais de 10 mil vítimas fatais

Nas últimas 24 horas foram registrados 4.374 novos casos, elevando para 512.343 o número de infectados

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Na semana em que o RS inicia o seu processo de vacinação, estado registra mais de 10 mil vítimas fatais - Silvio Avila/ AFP

O Rio Grande do Sul registrou 84 óbitos nas últimas 24 horas pela covid-19, conforme boletim da Secretaria Estadual da Saúde (SES) divulgado nesta terça-feira (19). Com isso, já são 10.051 vidas perdidas no território gaúcho desde o início da pandemia. O estado também já registra 512.343 infectados pela doença, com a confirmação de 4.374 novos casos pela SES. Dos confirmados, 485.422 (95%) são considerados recuperados.

Porto Alegre é a cidade com mais registros de óbitos e voltou a ser a cidade com mais vítimas fatais no boletim com informações das últimas 24h: foram 14 vidas perdidas. Na sequência, aparece Canoas, com 7 óbitos, Passo Fundo, Novo Hamburgo e Alegrete com 4 registros de óbitos. Após Santa Maria, Alvorada, Viamão, São Gabriel, que tiveram 3 registros cada.

A capital gaúcha é a cidade com o maior número de vítimas fatais, totalizando 2.024 óbitos, seguida de Canoas, com 541, Caxias do Sul, 367, Novo Hamburgo, 337 e Pelotas, 306. 

A quantidade de municípios que ainda não registraram mortes por covid-19 segue caindo: dos 497 municípios gaúchos, apenas 75 não têm registro de vítimas fatais.

Taxa de Ocupação de leitos está acima dos 76%

Às 18h de hoje, a ocupação em todo o estado estava em 76,5%, sendo 2.034 pacientes em 2.660 leitos de UTI. Na rede privada, a ocupação era de 85,6% e no Sistema Único de Saúde, 73,2%. Entre os internados, 860 (42,2%) têm covid-19 confirmada e 131 têm suspeita da doença.

Em Porto Alegre, a taxa de ocupação das UTIs fechou o dia em 84,58%. Hospital Femina e Restinga estão com lotação máxima. Entre os 669 pacientes internados na cidade, 275 têm covid-19 confirmada, 27 têm suspeita da doença e 12 estão na emergência aguardando UTI.

Vacinação 

Na manhã desta terça-feira (19), o Executivo estadual gaúcho distribuiu para todo o estado cerca de 170,8 mil doses da vacina contra a covid-19. De Porto Alegre, as doses foram encaminhadas via aérea e terrestre para a Capital e para as 18 coordenadorias regionais da SES, de onde será feita a distribuição a todos os municípios do estado.

Inicialmente, o público a ser vacinado são os profissionais de saúde da linha de frente na pandemia em hospitais, Atenção Básica e rede de urgência e emergência, pessoas acima de 60 anos que vivem em Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPI) e população indígena aldeada.

De acordo com o governo toda a população dos grupos prioritários será vacinada, mesmo que em um segundo momento, devido à quantidade de doses enviadas pelo Ministério da Saúde. De um total de quase 6 milhões de doses da CoronaVac, vacina do Instituto Butantan produzida em parceria com o laboratório chinês Sinovac, o RS recebeu 341,8 mil unidades. 

Primeira pessoa vacinada na capital gaúcha


Idosa que reside no Padre Cacique foi a primeira vacinada nesta terça em Porto Alegre / Reprodução Twitter SMS

Maria Ana Ziegler, de 92 anos, moradora do Asilo Padre Cacique, foi a primeira idosa vacinada hoje em Porto Alegre. A vacinação aconteceu no final desta tarde após a Capital receber as 51 mil doses destinadas e que já começaram a ser distribuídas.

Ao receber a dose a moradora comentou, “espero que todos sintam o que eu senti: nada. Estou muito feliz de ter recebido essa vacina, de ter sido a primeira a receber. Espero que todos consigam agradecer e ser felizes como eu”. 

De acordo com reportagem do Sul 21, ao todo, serão vacinados cerca de 22 mil idosos na Capital, representando 100% dos residentes nessas instituições. Em torno de 750 indígenas aldeados também serão imunizados na primeira fase da campanha de vacinação. Pelos cálculos do governo municipal, eles também representam 100% da população indígena com idade acima de 18 anos na Capital. As doses da vacina serão aplicadas diretamente nas aldeias.

Os grupos prioritários na primeira etapa da vacinação é completado com os profissionais de saúde que atuam na linha de frente no combate ao coronavírus. São cerca de 16 mil trabalhadores em hospitais, seis mil profissionais de saúde em unidades de saúde e prontos atendimentos, 6.250 profissionais de saúde coletadores, de análises laboratoriais e que fazem transporte das amostras biológicas. Para estes, a prefeitura destina as doses e os hospitais realizam a imunização.

País volta a registrar mais de mil óbitos 

O Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) registrou, em boletim publicado hoje (19), mais 1.192 óbitos e 62.094 infectados em todo o país. Com isso, o Brasil já soma 211.491 mortes e 8.573.864 contaminados pelo novo coronavírus. Pela segunda semana seguida, o Brasil registrou número recorde de novos casos da covid-19  para o período de sete dias. Os dados consolidados de 10 a 16 de janeiro somam 379.061 contaminados. O número de casos em acompanhamento ultrapassou 860 mil, maior patamar já registrado desde os primeiros casos. 

De acordo com o Conass o RS é o 5º estado em número de pessoas infectadas e o sétimo em número de vítimas fatais.

O que é coronavírus?

É uma extensa família de vírus que podem causar doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a  OMS, em humanos, os vários tipos de vírus podem causar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns até a crises mais graves como as provocadas pela síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.  

Como ajudar a quem precisa?

A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.  

Como tirar dúvidas?

A Secretaria Estadual da Saúde recomenda à população e aos profissionais de saúde do RS que entrem em contato com a vigilância epidemiológica de seu município para esclarecimento de dúvidas. Nos horários que as repartições municipais não estiverem atendendo ao público, está disponível o telefone 150 - Disque Vigilância da SES. Questionamentos podem ser encaminhados também para o email [email protected]


:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato RS no seu Whatsapp ::

SEJA UM AMIGO DO BRASIL DE FATO RS

Você já percebeu que o Brasil de Fato RS disponibiliza todas as notícias gratuitamente? Não cobramos nenhum tipo de assinatura de nossos leitores, pois compreendemos que a democratização dos meios de comunicação é fundamental para uma sociedade mais justa.

Precisamos do seu apoio para seguir adiante com o debate de ideias, clique aqui e contribua.

Edição: Katia Marko