Em 2017, a vereadora Nádia foi relatora de uma indicação que pedia à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul uma retificação do hino. O pedido foi protocolado pela vereadora suplente Laura Sito (PT), que hoje é titular e compõe a Bancada Negra, na Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (CEDECONDH).
A sugestão era modificar a frase “Povo que não tem virtude acaba por ser escravo” criticada pelos movimentos sociais negros. Na nova letra proposta por Laura o trecho seria substituído por verso inspirado na poesia de Oliveira Silveira: “Povo que não tem virtude acaba por escravizar”.
Em sua negativa ao pedido a vereadora Nádia, que na época estava no MDB do atual prefeito Sebastião Melo, disse que a proposta era “falaciosa”, “simplista” e “descompromissada com os valores do povo”. A vereadora que foi oficial da Brigada Militar antes de ser eleita, insinua ainda que nos dias atuais há uma “visão dualista” imposta pelos “ditos poderosos” “escravizando a massa dos deserdados da educação”.
A vereadora Laura Sito (PT) que hoje é titular e compõe a Bancada Negra de Porto Alegre diz em vídeo publicado em suas redes sociais que a posição de Nádia é de quem relativiza o sofrimento do povo negro. “Foram séculos de brancos discutindo sozinhos as questões da cidade, mas agora chegamos e não somos um, nem dois, somos uma bancada e para nós o racismo é uma questão central”, afirmou Laura que é a primeira vereadora titular negra eleita pelo PT na capital gaúcha.
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Edição: Katia Marko