Rio Grande do Sul

PANDEMIA

Moradores de Imbituba (SC) pedem providências à prefeitura sobre aglomerações

Em carta aberta, locais denunciam constantes festas e aglomerações, perturbações do sossego e turismo predatório

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Foto de festa de final ano com lixo espalhado pela faixa de areia da Praia do Rosa em SC - Reprodução da página "Praia do Rosa - Imbituba - Sc" no Facebook

Moradores da Praia do Rosa, que fica no bairro de Ibiraquera em Imbituba (SC), lançaram uma carta aberta, destinada ao Ministério Público Estadual e à Prefeitura da cidade. Os moradores demonstram grande preocupação com o avanço da pandemia na região, bem como com a falta de estrutura de saúde para atender aos doentes. Somado a isso, os locais têm presenciado grandes aglomerações e festas, principalmente nas áreas de praia.

O temor é que essas aglomerações propiciem um alastramento de contágios pela covid-19, além de causarem grandes incomodações aos moradores e prejuízos à natureza. Estas pessoas que frequentam a região somente na época de férias e não contribuem para a região e causam impactos ambientais são considerados "público predatório", que praticam o turismo predatório.

Na carta, os moradores reclamam da proliferação de lixo nas praias, além da quantidade de festas clandestinas e aglomerações nas praças e passeios públicos:

" [...] a comunidade da Praia do Rosa/bairro de Ibiraquera têm sofrido com o grande número de bares/baladas, na maioria das vezes em locais impróprios e de forma irregular, sem estrutura e isolamento acústico para tal; [...] a Praia do Rosa, em especial em suas faixas de areia, está sendo invadida por um “público predatório”: pessoas sem educação e noção, portando seus coolers e caixas de som (mesmo sendo proibido), as quais concentram milhares de pessoas que, além de fazerem o consumo de álcool e drogas ilícitas, importunam a tranquilidade e o sossego alheio e naturalizam o ato de degradar a natureza e descartar seu lixo em locais impróprios".

Segundo informam, este cenário se viu agravado durante o período de festas de final de ano, quando muitos estabelecimentos, mesmo após terem sido interditados, foram flagrados operando normalmente, proporcionando aglomeração e ignorando protocolos sanitários, no que a comunidade considera um "deboche" do Poder Público e dos próprios moradores.

A comunidade cobra ações imediatas da Prefeitura Municipal de Imbituba, a fim de evitar um colapso no sistema de saúde da cidade, bem como fomentar o turismo consciente, preservar o meio ambiente, evitar lixo nas faixas de areia e vias públicas, garantindo o bem-estar e sossego da região.

A carta ainda propõe uma série de medidas, entre elas a criação de um planejamento para analisar possíveis medidas mais restritivas, fiscalização contínua nas praias e estabelecimentos, efetivar a proibição de caixas de som portáteis, fechamento de bares/baladas em funcionamento de forma irregular, bem como a criação de leis que restrinjam a abertura destes estabelecimentos.

Com relação ao consumo de bebidas alcóolicas, se sugere que se proíba sua comercialização entre meia-noite e 6h, além da proibição do consumo em locais públicos. A carta pede também campanhas de conscientização, tendo como alvo turistas e moradores, "a fim de despertar a consciência de que somente unidos seremos capazes de superar esses desafios".


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Edição: Katia Marko