A cesta básica de Porto Alegre fechou o mês de novembro em R$ 617,03, registrando uma alta de 6,13% em relação ao mês de outubro, quando ficou em R$ 581,39. Com isso, a capital gaúcha tem a terceira cesta básica mais cara entre as 17 capitais pesquisadas. Os dados são Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta segunda-feira (7) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Em Porto Alegre, dos 13 produtos pesquisados, 9 registraram aumento e 4 tiveram queda em relação a outubro. A batata foi o produto com maior alta, chegando a 43,96%. Em seguida aparecem a carne (9,36%), o óleo de soja (7,59%), o tomate (3,40%), o açúcar (2,68%), a banana (2,31%), o feijão (2,19%), o arroz (2,12%) e a farinha de trigo (0,68%). Já os produtos que registraram queda nos preços, em relação a outubro, foram o leite (-3,21%), o café (-2,24%), o pão (-0,52%)e a manteiga (-0,51%).
Mais de 20% no ano
No ano, a cesta dos porto-alegrenses acumula alta de 21,87%. Em 12 meses, a alta é de 35,96%. Com base na cesta mais cara do país, o Dieese estima que, em novembro de 2020, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 5.289,53, ou 5,06 vezes o mínimo de R$ 1.045,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças
Aumento em 16 capitais
Os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos indicam que, em novembro, os preços do conjunto de alimentos básicos durante um mês, aumentaram em 16 capitais pesquisadas. As maiores altas foram registradas em Brasília (17,05%), Campo Grande (13,26%) e Vitória (9,72%). Além do arroz, óleo de soja e da carne, o tomate e a batata também apresentaram expressivos aumentos na maioria das cidades. Em Recife, o custo da cesta básica diminuiu (-1,30%).
O preço médio da carne bovina de primeira registrou alta em todas as capitais: variou de 1,64%, em João Pessoa, a 18,41%, em Brasília. Segundo o Dieese, a baixa disponibilidade de animais para abate no campo, devido ao período de entressafra, e as exportações aquecidas ocasionaram redução da oferta e elevaram os preços do produto.
A batata, pesquisada no Centro-Sul, teve o valor aumentado em todas as cidades. As altas oscilaram entre 13,99%, em Curitiba, e 68,32%, em Vitória. Houve quebra de produção em várias regiões do Sul, por causa do baixo volume de chuva nas fases de plantio e desenvolvimento, e a oferta foi reduzida, aponta o Dieese.
O valor do óleo de soja subiu em 16 capitais, com destaque para Brasília (22,66%), Belém (16,64%), Aracaju (12,93%) e Florianópolis (11,87%). Baixos estoques domésticos de soja e derivados, decorrentes da alta demanda interna e externa e da valorização do dólar diante do real, que tem sido um atrativo para a exportação, explicam os preços elevados.
O preço médio do arroz agulhinha registrou alta em 16 capitais, com variações entre 2,12%, em Porto Alegre, e 15,24%, em Brasília. Em Curitiba, o preço não variou. A baixa oferta de arroz manteve o preço em trajetória de alta nas capitais.
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Edição: Marcelo Ferreira