Rio Grande do Sul

Pandemia em números

RS tem mais de 342 mil infectados e de 7 mil vítimas fatais 

Nas últimas 24 horas foram registrados 5.207 novos casos e 61 óbitos em decorrência da covid-19

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Mapa preliminar traz apenas uma região em bandeira laranja, as demais permanecem com bandeira vermelha - Divulgação SES SEPLAG

Esta semana foi marcada pelo aumento de número de pessoas infectadas, vítimas fatais e taxa de ocupação em relação aos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Rio Grande do Sul. A situação colocou o estado em alerta e fez com que o governo do estado alterasse as regras de distanciamento social. Nesta sexta-feira (04), os números continuam em alta. 

Foram 61 óbitos registrados nas últimas 24 horas, conforme boletim da Secretaria Estadual da Saúde (SES) divulgado nesta sexta-feira, elevando para 7.104 o número de vidas perdidas por conta da covid-19 no território gaúcho. O estado também já registra 342.035 infectados pela doença, com a confirmação de 5.207 novos casos pela SES. Dos confirmados, 312.660 (91%) são considerados recuperados. 

Porto Alegre foi a cidade com o maior número de vítimas fatais, sendo 17 óbitos registrados nesta sexta. Os demais foram nas cidades de Canoas (3), Gravataí (2), Alvorada (2), Rio Grande (2), Sapucaia do Sul (2), Viamão (2), Santo Ângelo (2), Rosário do Sul (2), Giruá (2), São Lourenço do Sul (2), Caxias do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Bento Gonçalves, Cachoeirinha, Esteio, Sapiranga, Uruguaiana, Guaíba, Camaquã, Bagé, Torres, Canela, Carlos Barbosa, Tapejara, Caçapava do Sul, Rio Pardo, Canguçu, Júlio de Castilhos, Cidreira, Candelária, Machadinho e Caraá. 

Ocupação das UTIs em alta

A taxa de ocupação de leitos de UTI em todo o estado está em alerta, mantendo-se nos últimos dias ao redor de 80%. Às 18h de hoje, estava em 80,1%, sendo 2.032 pacientes em 2.538 leitos de UTI. Entre os internados, 824 (40,6%) têm covid-19 confirmada e 187 têm suspeita da doença.

Em Porto Alegre, a taxa de ocupação das UTIs fechou a sexta-feira em 90,73%. Dois hospitais estão com lotação máxima: Hospital Moinhos de Vento e Hospital Vila Nova. Entre os 705 pacientes internados, 280 têm covid-19 confirmada, 30 têm suspeita da doença e 13 estão na emergência aguardando UTI.

Mapa preliminar: só uma região com bandeira laranja 

Divulgada no final da tarde desta sexta-feira, o mapa preliminar da 31ª rodada do Distanciamento Controlado traz apenas uma região com risco epidemiológico médio (bandeira laranja). As demais foram classificadas com alto risco epidemiológico (bandeira vermelha). Em bandeira vermelha na rodada vigente, a região de Taquara foi a única que passou para bandeira laranja neste mapa preliminar da 31ª rodada. 

De acordo com o governo do estado, na região de Taquara houve redução nos registros de hospitalizações para covid-19 nos últimos sete dias (de 14 para nove, queda de 36%), e estabilização no número de óbitos (cinco em cada semana), por isso a mudança para bandeira laranja. O Executivo estadual destacou também que houve piora em todos os indicadores. Entre as maiores variações estão o número de casos de covid-19 ativos (aumento de 20%), os internados em leitos clínicos com covid-19 registrados nos últimos sete dias (+15%) e os óbitos nos últimos sete dias (+29%).

Esta semana, o governador Eduardo Leite, ao anunciar as mudanças de regramento para o estado, reforçou a necessidade de se ampliar os cuidados com o novo coronavírus. “Precisamos reforçar a necessidade de cuidados e reduzir a circulação de pessoas e conter a propagação de coronavírus no RS. Agora, o que queremos é que as pessoas se encontrem menos, em festas e confraternizações, ou mesmo em parques e locais públicos, onde tendem a se cuidar menos. Não é hora de aglomerações. Reduzir contatos é muito importante nesse momento, porque quebramos o ciclo de contágio”, destacou Leite. 

Segundo o mapa preliminar da 31ª rodada, 489 municípios (do total de 497) estão classificados em bandeira vermelha, somando 11,1 milhões de habitantes, o que corresponde a 98% da população gaúcha (total de 11,3 milhões de habitantes).

Desses, 193 municípios (930,7 mil habitantes, 8,2% da população gaúcha) podem adotar protocolos de bandeira laranja, porque cumprem os critérios da Regra 0-0, ou seja, não têm registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias, desde que a prefeitura crie um regulamento local.

As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações na semana, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (267), Caxias do Sul (162), Passo Fundo (111), Novo Hamburgo (92), Pelotas (76) e Canoas (73).

Veja aqui o mapa preliminar da 31ª rodada.

País se aproxima das 176 mil vítimas fatais

Conforme o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass), foram registrados, nesta sexta-feira, 694 óbitos e 46.884 infectados em todo o país. Com isso, o Brasil já soma 175.964 mortes e 6.533.968 de contaminados pelo novo coronavírus. 

O que é coronavírus?

É uma extensa família de vírus que podem causar doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a  OMS, em humanos, os vários tipos de vírus podem causar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns até a crises mais graves como as provocadas pela síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.  

Como ajudar a quem precisa?

A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.  

Como tirar dúvidas?

A Secretaria Estadual da Saúde recomenda à população e aos profissionais de saúde do RS que entrem em contato com a vigilância epidemiológica de seu município para esclarecimento de dúvidas. Nos horários que as repartições municipais não estiverem atendendo ao público, está disponível o telefone 150 - Disque Vigilância da SES. Questionamentos podem ser encaminhados também para o email [email protected].

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Edição: Marcelo Ferreira