A cesta básica de Porto Alegre fechou o mês de outubro em R$ 581,39, uma alta de 5,16% em relação ao mês anterior. É o que demonstra a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O levantamento, feito nas 17 maiores capitais do país, registra a variação de preços dos alimentos necessários para as refeições de uma pessoa adulta durante um mês, chamados de Cesta Básica, de acordo com o Decreto-lei 399/38.
Em função da pandemia, o levantamento de preços tem sido de forma não presencial. O último levantamento indicou que a capital gaúcha possui a quarta cesta básica mais cara das capitais pesquisadas. Desde o início de 2020, registrou-se uma alta acumulada de 14,83%. Já nos últimos 12 meses, a cesta básica em Porto Alegre aumentou 25,51%.
Os produtos com alta em relação a setembro foram: a batata (38,46%), o óleo de soja (20,22%), o tomate (16,11%), o arroz (9,73%), a banana (7,04%), o café (5,58%), o pão (2,44%), a carne (1,66%), açúcar (0,38%) e o feijão (0,12%). Já os produtos em queda foram: o leite (-2,37%), a manteiga (-0,85%) e a farinha de trigo (-0,67%).
Conforme aponta o Diesse, a jornada de trabalho necessária para comprar a cesta básica é 122 horas e 24 minutos. O percentual do salário mínimo líquido para compra dos produtos da cesta deveria ser de 60,15%. E o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 5.005,91, ou 4,79 vezes o mínimo vigente de R$ 1.045,00.
Apenas duas capitais tiveram diminuição no valor da cesta básica
Durante o último mês, o valor da cesta básica aumentou em 15 capitais brasileiras. Apenas em Salvador e Curitiba o custo diminuiu, sendo -1,05% e -0,60%, respectivamente. A cesta mais cara, em outubro, foi a de São Paulo, no valor de R$ 595,87, seguida pelo Rio de Janeiro, no valor de R$ 592,25, e Florianópolis, de R$ 584,76.
Ainda segundo a pesquisa, o valor do óleo de soja apresentou aumento nas 17 capitais, com destaque para Brasília (47,82%), João Pessoa (21,45%), Campo Grande (20,75%) e Porto Alegre (20,22%). O alto volume de exportação, a baixa oferta interna devido à entressafra e a elevação do preço do grão no mercado internacional explicam o contínuo aumento de valor do óleo nas prateleiras dos mercados. Outro produto com aumento em todas as capitais foi a do arroz agulhinha, com variações entre 0,39%, em Aracaju,e 37,05%, em Brasília.
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Edição: Marcelo Ferreira