No atual contexto de luta contra a covid-19 muitas vozes em todo o mundo têm condenado o bloqueio
O bloqueio constitui o principal obstáculo à implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (PNDES), da Agenda 2030 e de seus objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis em Cuba. Mesmo os setores reconhecidos internacionalmente, como Saúde e Educação, entre outros, não estão isentos dos graves impactos causados pela política do governo estadunidense contra a ilha.
O setor de Saúde tem permanecido entre as prioridades do governo cubano, que em 2019 investiu 27,5% do orçamento da área social. Apesar dos esforços para garantir o acesso a serviços de cuidados, proteção e recuperação gratuitos e de qualidade a todos os cidadãos, o impacto do bloqueio no setor social é brutal. De abril de 2019 a março 2020, gerou prejuízos de U$ 160.260.880. Os prejuízos acumulados em seis décadas na área da Saúde são U$ 3.074.033.738.
O bloqueio nega o acesso às novas tecnologias médicas dos EUA ou com mais de 10% de componentes de empresas estadunidenses, repercutindo negativamente na saúde do povo cubano. Em muitos casos, não é possível obter novas tecnologias que permitiriam um rápido e mais preciso diagnóstico, tratamento e recuperação dos pacientes com intervenção invasiva. Esta política afeta drasticamente a implementação de importantes programas nacionais cubanos, tais como, Programa de Atenção Materno-Infantil, Programa de Atenção ao Paciente Grave, Programa Integral de Controle de Câncer, bem como outros diferentes programas de prevenção e controle de doenças não transmissíveis.
O impacto negativo do bloqueio é ainda mais cruel no atual contexto de combate à pandemia da covid-19. Essa política excede pressão adicional sobre o sistema de Saúde pública cubana, tornando mais difícil a aquisição de material, equipamentos e insumos de necessidade urgente para salvar vidas.
Durante este último ano, aumentou a rejeição por diversos atores internacionais ao bloqueio econômico, comercial, financeiro, midiático imposto pelo governo estadunidense a Cuba, como resultado da acentuada intensificação desta política e, em particular, de seu componente extraterritorial, expresso, entre outras medidas, na decisão da ativação dos Títulos III e IV da Lei Helms-Burton em maio de 2019.
No atual contexto de luta contra a covid-19 muitas vozes em todo o mundo têm condenado essa política, pois seu impacto é muito mais doloroso nesta situação de crise internacional de saúde.
Neste contexto, a importância da indicação das Brigadas Médicas “Henry Reeve” ao Prêmio Nobel da Paz 2021 é o reconhecimento deste valoroso povo que doa o que lhes falta. É o reconhecimento ao trabalho solidário e comprometido com a vida. É esperançar. Apoie esta ideia e assine a petição na página www.brigadasmedcuba.com
Edição: Katia Marko