O bloqueio constitui uma violação maciça, flagrante e metódica dos direitos humanos dos cubanos
Na última quinta (22), mais uma vez, o Chanceler Bruno Rodriguez Parrilla, ministro de Relações Exteriores de Cuba, em uma conferência de imprensa, apresentou um relatório sobre os impactos do criminoso e genocida bloqueio sobre Cuba.
O relatório abrange o período de abril de 2019 a março de 2020, marcado pelo agravamento das relações bilaterais de Cuba e os EUA e um progressivo endurecimento do bloqueio econômico, comercial, financeiro e midiático.
Neste curto período, os numerosos regulamentos e disposições do governo estadunidense contra o povo cubano atingiram níveis de hostilidade sem precedentes. A ativação do Capítulo III da Lei Helms-Burton; a crescente perseguição às transações financeiras e comerciais de Cuba; a proibição de voos dos EUA a todas as províncias de Cuba, exceto Havana; a intimidação de empresas que enviam suprimentos de combustível a Cuba; e a campanha para desacreditar os programas de cooperação médica são alguns dos exemplos.
Ao contrário da Resolução 74/7 da Assembleia Geral das Nações Unidas que diz “que há necessidade de acabar com o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba”, e muitas anteriores, ocorreram mais de 90 ações e medidas econômicas coercitivas impostas pelo governo estadunidense contra Cuba e seu povo, com a intenção de intervir nos assuntos internos do país e em uma clara violação da liberdade de comércio e navegação internacionais. Deste total, mais da metade foram ações concretas do bloqueio, que incluem multas e outras sanções contra instituições estadunidenses e/ou de outros países, inclusão de empresas cubanas em lista unilaterais, extensão de leis sobre o bloqueio, implementação dos Títulos III e IV da Lei Helms-Burton.
Todas essas medidas têm um forte impacto sobre as atividades econômicas em Cuba, especialmente as relacionadas com comércio exterior e investimentos estrangeiros. Esta situação obrigou ao governo socialista a adotar medidas de emergência temporárias, que são possíveis em um país organizado e com um povo unido e solidário, disposto a se defender das agressões estrangeiras e a preservar a justiça social conquistada. Os atos encaminhados visam impulsionar a economia cubana e suavizar os efeitos do bloqueio.
Nenhum cidadão cubano ou setor da economia escapa dos efeitos do bloqueio, que impede o desenvolvimento que qualquer país tem direito de construir de forma soberana.
O bloqueio constitui uma violação maciça, flagrante e metódica dos direitos humanos de todos os cubanos. Por causa de seu propósito expresso político, jurídico e administrativo em que se baseia, ele se qualifica como um ato de genocídio nos termos da Convenção de 1948 para Prevenção e Punição do Crime de genocídio.
Neste curto período de um ano, o bloqueio causou prejuízos ao povo cubano de cerca de US$ 5.570.300.000 (cinco bilhões, quinhentos e setenta milhões e trezentos mil dólares). Pela primeira vez, ultrapassa a casa dos 5 bilhões de dólares, que explica o quanto o bloqueio se intensificou e causou danos neste período. Estes valores não levam em conta o contexto da pandemia mundial da covid-19.
A pandemia global colocou desafios expressivos para Cuba e seu valoroso povo, e os esforços do país para combatê-la foram limitados pelas regulamentações do bloqueio dos EUA. A natureza genocida desta política foi reforçada em meio ao confronto com o novo vírus, já que o governo dos EUA o utilizou para privar o povo cubano de respiradores mecânicos, máscaras, kits de testagem, óculos de proteção, roupas, luvas, reagentes e outros insumos necessários para o manejo da doença. A disponibilidade desses recursos pode fazer a diferença entre a vida e a morte de pacientes portadores do vírus, bem como dos profissionais que os atendem.
O governo estadunidense também lançou uma cruzada para tentar desacreditar e impedir a cooperação médica internacional que Cuba oferece, divulgando calúnias e exigindo que os países não solicitem ajuda dos médicos e médicas cubanas, mesmo em meio a maior emergência sanitária vivida pela humanidade.
Apesar destas ações, os EUA não conseguiram evitar que mais de 3 mil profissionais cubanos, organizados em mais de 38 brigadas médicas, contribuíssem para o combate a esta pandemia, em mais de 28 países e em três territórios não autônomos. Esses esforços também se somaram aos mais de 28 mil profissionais de saúde que já prestavam serviços em mais de 59 nações antes da covid-19.
Na conjuntura atual, em que enfrentamos uma crise econômica e social acentuada pela pandemia, é mais que necessário que a comunidade internacional exija o FIM do criminoso e genocida bloqueio contra Cuba e seu solidário povo imposto pelos EUA.
Por isso, apoiar a indicação para o Prêmio Nobel da Paz para as Brigadas Médicas “Henry Reeve” é reconhecer os esforços de um povo solidário. Pois, quando tudo isso ficar para trás, o que ficará é apenas a lembrança da solidariedade do povo cubano. Assine a petição: www.brigadasmedcuba.com
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Edição: Katia Marko