Uma retomada histórica das tradições trabalhistas e uma cidade participativa e com a volta do desenvolvimento econômico e humano são as principais propostas para São Borja da chapa liderada por Christopher Goulart (PDT), tendo como vice Renê Ribeiro (PT), e aliada ao PCdoB. Conhecida como “Terra dos Presidentes”, a cidade da fronteira vem sendo governada por uma aliança de direita liderada por Eduardo Bonotto (PP) e praticamente comandada pelo atual senador Luiz Carlos Heinze. Mesmo assim, nas eleições presidenciais de 2018, o vencedor foi Haddad (PT). Na tarde de quinta-feira (01), eles participaram da live A Cidade que Queremos.
Christopher é neto do ex-presidente João Goulart e seu nome foi considerado um emblema para a retomada da tradição trabalhista. Ele lembrou que todo o desenvolvimento da cidade foi construído nos períodos em que a cidade foi administrada pelos trabalhistas e os governos estaduais e federais eram ou trabalhistas (Getúlio e Jango) ou petistas. No governo estadual de Olívio Dutra (PT), São Borja teve a instalação de um curso da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). No governo de Lula, foi criado um campus da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) e um do Instituto Federal Farroupilha.
A aliança da esquerda na cidade cria a possibilidade de vitória, uma vez que parte da direita rompeu com Bonotto e o DEM lançou outro candidato. A bipolarização sempre foi uma característica da cidade. Christopher prometeu criar um conselho com base na experiencia do Orçamento Participativo e dar um sinal para toda a população brasileira de que naquele local se estará retomando a história das lutas pelas reformas de base. Tentará fazer isso com empatia para conquistar toda a população.
Cerca de 4.200 pessoas acompanharam a live, durante a qual eles responderam às perguntas de como governar com uma aliança baseada no diálogo e no entendimento. Porém, enfrentando a elite retrógada e egoísta que, em seu governo, não terão concessão. “Não nos serve um país para poucos e tampouco não nos interessam pessoas que preferem se aliar a países dominadores”, disse Christopher.
Lembrou a história de seu avô que, foi a primeira liderança brasileira a estabelecer contato com a China. “Meu avô foi recebido pelo Mao Tse Tung em 1961”, recordou. Falou que terá uma política de cooperação com o município argentino de Santo Tomé. Lembrou da Ponte Internacional sobre o rio Uruguai e de que seu avô morreu na Argentina em 1976, onde vivia exilado.
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Edição: Marcelo Ferreira