Rio Grande do Sul

Entrevistaço

Gregório Duvivier diz o que o Brasil quer e não quer ouvir

Confira em texto e vídeo a entrevista que foi destaque de capa da primeira edição do jornal Micuim

Brasil de Fato | Porto Alegre |
“O que falta na esquerda é mais bons palhaços” - Foto: Divulgação/HBO

Gregório pode ser muitas coisas, uma delas impublicável - que nós, é claro, publicamos - mas no Brasil significa Gregório Duvivier. Aqui, o Gregório mais falado da atualidade toca, em meio à pandemia, a quarta temporada do Greg News na HBO. Seus vídeos no YouTube chegam a ter 30 milhões de visualizações, sempre recorrendo ao humor para falar, com sabedoria e roteiro esperto, desta página infeliz da nossa história. Em função disso, Micuim estendeu o tapete vermelho para ele desfilar nesta conversa hilária, mas também muito séria sobre o buraco em que estamos metidos. E o que devemos fazer para resistir e, se possível, enfiar o pé na bunda do Bolsonaro.

A entrevista foi destaque de capa na primeira edição do jornal Micuim - "suprimento" de humor do Brasil de Fato RS. Ao final, nesta matéria, você também pode assistir o papo na íntegra. Leia a seguir:

Celso Schröder - Não sei se te chamo de Gregório ou de Duvivier. Gregório era o nome do chicote que minha mãe tinha pendurado atrás da porta... Então, fico meio atemorizado... O Luis Fernando Verissimo disse que o pior momento era o melhor para o humorista. É possível nesse momento de tragédia fazer humor?

Gregório Duvivier - Adorei a pergunta, desculpa aí as reminiscências que meu nome te causa. É ingrato chamar Gregório. Em Portugal, “ir ao Gregório” é vomitar. Os portugueses acham engraçadíssimo um ser chamado Gregório. Em algumas áreas do Nordeste, Gregório quer dizer, com o perdão do termo, cu. É um nome que traz carga pesada. Mas o chicote eu nunca tinha ouvido.

Discordo que seja mais fácil fazer humor em um país trágico. Quanto mais trágico, mais difícil. Se o presidente fosse apenas um bufão, talvez fosse fácil rir dele. Mas é um bufão promovendo uma carnificina, uma crise que poderia ter evitado. E não fez por um misto de desleixo com arrogância, com desprezo pela vida humana. Rir de uma ferida aberta é tarefa árdua.

Ayrton Centeno - Quando termina o teu programa, o sentimento que fica não é uma catarse. Junto com o humor fica a indignação. No Brasil, o humor, diante desse quadro, tem que despertar indignação?

Gregório - Sim. Lidando com a realidade do Brasil, é comum as pessoas ficarem mais tristes do que estavam. Muitas pessoas me escrevem: “Cara, o seu programa, não estou conseguindo assistir porque está muito deprimente”. Mas a fratura está exposta, e nem sempre se consegue tirar dessa tragédia algo de redentor. 

Então o humor que eu faço também é reflexo das coisas. A única maneira da gente sair desse buraco é confrontando ele. Ao contrário da Regina Duarte, não acredito que leveza seja omitir os mortos. O que a ditadura fez com os nossos mortos, que foi desaparecer com eles, com os corpos, esse governo está fazendo também, sem sequer homenageá-los, celebrá-los.

A única maneira da gente não ficar triste, é a gente ficar puto

É fundamental que se faça humor hoje, e esse humor precisa contemplar a morte. A luta política é terapêutica também. Uma das maneiras da superar a tragédia é a indignação. A única maneira da gente não ficar triste, é a gente ficar puto. Para superar essas mortes, o único jeito é encará-las. Transformar essa tristeza em ação.

Stela Pastore (Carlos Castelo*) – Como é teu pensar sobre o tema que vais falar? E a pergunta do script: tem tantos movimentos por igualdade étnica, racial, enfim, por que no gênero humor tem pouca mulher?

Gregório - O humor mainstream (convencional) é muito machista mesmo. A primeira piada que a gente faz é, em geral, falar um palavrão... Um menino quando fala esse palavrão é recompensado e a menina é repreendida. O resultado é que tem muito mais homens humoristas do que mulheres. Mas está mudando.

As coisas que eu mais tenho gostado de ver de humor são feitas por mulheres, como a série I may destroy you. Michaela Coel, uma comediante negra, roteirista, diretora e protagonista da série. Nos EUA tem a Tina Fey, na Inglaterra tem a Fleabag, da Phoebe Waller-Bridge. No Brasil, a Tatá Werneck, a Dani Calabresa, as atrizes do Porta dos Fundos.

Tem um Roda Viva (na verdade, o programa é o Canal Livre) com o Brizola em que o (jornalista) Tarso de Castro, a frente do seu tempo, pergunta: “E a questão gay, os direitos civis homossexuais?” E o Brizola olha para ele com uma cara, tipo “Que pergunta é essa?” (Então Brizola fala) “não tenho nada pensado sobre esse assunto”. O Brizola, que eu admiro pra caramba, uma das primeiras palavras que eu falei na vida foi “Bizóia” quando tinha dois anos...

Não era um questionamento na esquerda, na direita menos ainda. Ainda tem muita gente na esquerda que critica esse tipo de pensamento como sendo identitário. Então você falar de racismo é trazer questões identitárias, falar de homossexualidade é identitário. Como quem diz que isso vai nos dividir. Para alguns, a única luta que existe é proletário contra patrões. Uma luta não exclui a outra.     


Alisson

Katia Marko (Fraga*) - Eu fiz uma vez um curso de palhaço para descobrir o meu palhaço, e a minha professora, a Melissa Dornelles, dizia que todos nós temos o nosso palhaço, se nós nos permitirmos que ele venha à tona ele vem. Quando tu descobristes o teu palhaço e que não seria possível não ser humorista nessa vida?

Gregório - Para mim não seria possível. Esse contato com o palhaço realmente é fundador na vida de uma pessoa. O palhaço é um professor, alguém que nos diz sobre a nossa maior fragilidade. Eu tinha 9, 10 anos quando eu entrei no teatro e percebi que estava fazendo as pessoas rirem. Fiquei maravilhado com aquilo. Pessoas que eu nem conhecia estavam rindo.

Quando percebi que essa fragilidade ela podia virar uma profissão foi redentor para mim. Não precisava lutar contra as minhas fragilidades, mas poderia abraçá-las e usá-las ao meu favor. Esse aprendizado é revolucionário.

“A direita gosta de trabalhar com o medo porque as pessoas ficam mais burras”

É isso que os políticos bons fazem. Entraram em contato com o palhaço deles e perceberam que, em vez de jogar os defeitos para debaixo do tapete, deviam abraçá-los.

O Trump e o Bolsonaro estão mais para bufões que é o palhaço escatológico. O bufão trabalha com a repulsa do espectador. Mesmo quem gosta deles, gosta dos defeitos. Quem gosta do Bolsonaro sabe que é despreparado, falastrão, inconsequente, irresponsável, mas gosta dele por isso mesmo.

Então o que admiram é essa nudez, a nudez do palhaço, a nudez que falta a nós, como campo, na esquerda, essa esquerda cheia de não me toques. Ela é a adversária perfeita para um palhaço, porque o palhaço está nu, falando teoricamente o que pensa, enquanto a esquerda está cheia de proibições. Está discutindo a linguagem sem perceber que, nesse debate, eles ganham, porque, nesse caso, são os libertários. Eles é que estão querendo que todo mundo faça o que quiser e a esquerda passa a ser a censora. Passa a agir como escada para o palhaço.

“Por que vão fechar o Congresso se eles conseguem comprar o Congresso?”

O que falta na esquerda é mais bons palhaços. O Lula, por exemplo, é um ótimo palhaço porque ele abraçou tudo aquilo que poderiam achar ruim dele. Não foi a uma fonoaudióloga para melhorar o ciciar na fala, nem para tirar o sotaque nordestino. Não foi usar referências cultas para, quem sabe assim, a USP e a Folha gostarem dele. Não, passou a ser ele mesmo. Radicalizou a identidade dele. Hoje, está mais radicalmente ele mesmo e o carisma infinito dele está muito ligado a isso.


Uberti

Schröder - Tu citastes o Tarso de Castro, o cara de onde sai O Pasquim. Esse humor, que surge em 1969, no ano do AI-5, em um momento em que a censura se abate sobre a imprensa que tinha sido, boa parte dela, cúmplice no golpe. A situação hoje é mais trágica do que na ditadura. O humor cumprirá um papel agora nesse sentido?

Gregório - O humor é uma ótima ferramenta de aproximação e comunhão. Acho que o Brasil mais precisa hoje talvez seja isso: laços entre as pessoas, especialmente nesse momento de pandemia. É a cultura que cria o tecido social capaz de fazer com que a gente se mova em direção ao mesmo lugar. Daí o verbo comover, que é mover junto. Uma peça de teatro quando ela comove, move uma plateia junto para algum lugar, uma espécie de transporte coletivo. O humor pode ajudar a tecer essa união.

O medo é o nosso pior inimigo, é algo que eles querem que a gente tenha. A direita opera muito com o medo.

Schröder - Como está o teu medo? Ele tem te atrapalhando nesse momento ou ele está te motivando? 

Gregório - O medo é o nosso pior inimigo, é algo que eles querem que a gente tenha. A direita opera muito com o medo. Gosta de trabalhar com o medo porque, com o medo, as pessoas ficam mais burras. O medo emburrece, ficamos mais primitivos.

Nossa tarefa é liberar as pessoas do medo. Sem medo as pessoas tendem a ser mais de esquerda, justamente. O medo foi o grande paralisador de revoltas e de revoluções. Por isso que eu gosto, inclusive do slogan Povo sem Medo. O poder tem muito medo do Povo sem Medo.

Tento usar isso a meu favor e tento não ter medo. Dito isso, é claro que, se eu leio jornal, eu me apavoro. Não é por acaso que Bolsonaro fica falando em AI 5. Estão usando o medo a favor deles, porque com medo não precisam nem censurar. As instituições estão se vendendo tão barato que não precisam fechá-las. Por que vão fechar o Congresso se eles conseguem comprar o Congresso, barato ainda por cima, com uma secretaria aqui, outra ali? Por que fechar a Polícia Federal se eles conseguem aparelhá-la?

O medo contaminou muito a nossa história. E é um medo justificado, porque as revoltas foram massacradas no Brasil. O medo é o que nos põe no lugar que estamos hoje, uma desigualdade tão brutal. É um medo estruturante.

O humor é o maior antídoto para o medo. Não se faz humor com medo. Humor só existe com risco. Se uma piada não for arriscada não tem como ser engraçada. O humor está intrinsecamente ligado à liberdade. Como dizia o Millôr, livre pensar é só pensar.


Hals

Centeno - Bolsonaro montou um ministério circense. Desse ministério qual é a figura que mais te chama a atenção? Outra pergunta: em que se distingue o humor da esquerda do humor da direita?

Gregório - É um circo. Ali cada um tem uma função e, claro, muita gente está ali para divertir, no sentido de tirar os olhos para o essencial. A Damares faz isso muito bem, menino veste azul, menina veste rosa e você não vê algo muito sério que alguém está fazendo. Muitas vezes esse alguém é ela mesma, porque não tem essa como única função. Ela consegue ao mesmo tempo “divertir” e aparelhar. Consegue ser cortina de fumaça dela própria.

Humor de direita bate em quem a polícia já bate: negros, homossexuais, travestis...

O que temos hoje é um fascismo humorístico. Não significa que ele seja menos eficiente como fascismo. Ao contrário, pode ser muito mais eficiente porque ele usa essa aparência de frivolidade para, como disse o (ministro) Ricardo Salles, “passar a boiada”.

Existe sim o humor de direita. Hoje, no Brasil, diria até que é hegemônico. Têm canais no Facebook, Youtube que nem indico porque é um negócio deprimente, mas são muito populares.  
O humor de direita, em geral, bate nas mesmas pessoas que a polícia: pobres, negros, homossexuais, travestis. Humor para mim é o contrário disso. O humor que eu admiro, para usar a expressão do meu amigo Antonio Prata, é passar a mão na bunda do guarda. O alvo da piada tem que estar armado. Bater e rir de morador de rua para mim é algo que está muito mais no bullying.

Stela (Castelo*) - Eu soube que tu és poeta. O Verissimo diz uma coisa: é possível fazer verso numa hora dessas?

Gregório - Eu sou fã desse livro dele. Queria até roubar o título porque acho magistral, que é “Poesia numa hora dessas”? Mas é uma coisa que me pergunto. Poesia numa hora dessas? O prédio pegando fogo e o sujeito está lá fazendo poesia.

Mas é nessas horas que a poesia e a literatura salvam. O (escritor) Primo Levi conta de um bibliotecário, em Auschwitz, no campo de concentração. Ao perceber que ia ser mandado para lá, começou a decorar os livros que mais gostava. Quando o mandaram para Auschwitz, sabia de cor muitos livros e passou a ser uma biblioteca. Ele se transformou de bibliotecário em biblioteca. Iam até ele e pediam, ‘Me conta o que você tem aí’. E ele dizia, ‘Tenho aqui Rei Lear, você quer o quê?’ E declamava os livros para os prisioneiros.

O ser humano precisa sonhar com alguma coisa. Pode estar em campos de concentração ou no meio de uma pandemia. Poeta é esse sujeito que olha para o mundo como se fosse a primeira vez e ajuda todo mundo a olhar com esse olhar da criança, do bêbado, talvez do louco. Mais do que nunca o poeta é necessário para descobrir esse mundo novo que está para nascer.


Edgar Vasques

Katia (Edgar Vasques*) - Quando eu era criança só ia no cinema para olhar os filmes dos Trapalhões. Quais foram as tuas referências no humor? Quem está fazendo o melhor humor?

Gregório - Quando pequeno eu vi muito os Trapalhões. O Renato Aragão realmente é um sujeito de importância para todo mundo com 30, 40 anos, em termos de afeto mesmo, Chaplin, no sentido de alguém que você olha e já torceu por ele. Via muito o Jô, um pouco depois vi Pedro Cardoso e Luiz Fernando Guimarães. Depois o Luiz Fernando com a Fernanda Torres em Os Normais.

Adolescente, descobri o Monty Python, o grupo inglês. Percebi que o humor poderia ser aquilo também. Não só crítica dos costumes, mas uma subversão total e completa do que a gente está acostumado a ver. Foi muito transformador perceber que humor poderia ser não só confirmação, expectativa: quer ver que o fulano vai fazer tal coisa? E o fulano ia lá e fazia aquilo e era engraçado. Nesse sentido, o Chaves me formou. Chaves é isso. E aí vem o Monty Python e é o oposto disso. É o humor de não dar aquilo que o espectador quer.

Nosso humor sempre sufocou os negros, delegando a eles um papel sem protagonismo

Fiquei fascinado depois com o Gato Fedorento, um grupo de portugueses subversivos. É quem está fazendo hoje um humor muito interessante, além dos cronistas, o Gelsinho Prata, o Ricardo Araújo Pereira e tantos outros e outras. A gente falou que as mulheres tinham pouca representação, mas os negros também. Nosso humor sempre sufocou os negros, delegando a eles um papel sem protagonismo, o papel de Tião Macalé que falava ‘Tchan, nojento’. Era caricatural sem muita autoralidade. Hoje vejo um monte de humorista negro autoral.

Tem todo um humor que vem de uma parcela da população a quem não era quase permitido rir antigamente. Hoje, não só ri como ri do jeito dela, com o texto dela, no veículo dela, com ela editando. Não é que seja só engraçada, mas que seja engraçada no veículo dela, no jeito dela, com o público dela. Não passa por nenhum filtro da branquitude. Você vê um tipo de expressão a quem antes não era permitido.

Schröder - É possível a tolerância com o intolerável? Nesse momento a neutralidade é possível no Brasil?

Gregório – Difícil, admiro até quem tenta, mas eu não consigo. Tem uma pandemia acontecendo, mais de 100 mil mortos. Me sinto moralmente compelido a falar dessas coisas. A única forma de não compactuar com tudo é o suicídio. Se você está vendo isso acontecer com Bolsonaro e tal, e não está falando nada, essa neutralidade é uma forma de apoio, uma forma de consentimento, de compactuar com isso. Tenho tentado não ser panfletário, mas neutralidade é uma missão impossível.

Stela (Vasques*) - Falamos de vários tipos de arte, de poesia, de clown, enfim. Tu sentes que a música brasileira está devendo na questão de ter muita música de protesto que nos uniu em momentos da história. Como é a percepção da música para ti nesse momento?

Gregório - Você não vai ver música de protesto vindo do Chico Buarque ou do Geraldo Vandré. O que estou ouvindo como voz muito forte é de outros lugares, em geral do Hip Hop. Emicida, Baco Exu do Blues, Francisco El Hombre...


Fotos: Raquel Pelicano

Centeno - Já fostes ameaçado por conta do teu trabalho pessoalmente ou virtualmente?

Gregório - Existem ameaças, mas eu não acho que elas sejam tão sérias. Falei de fascismo bufão e um dos dados desse fascismo é que humorista para eles não é um inimigo. Tenho a impressão de que eles me vêem quase como um legitimador. Não acho que eu incomode tanto no sentido de que sou um palhaço também. Eles estão preocupados, no caso do Bolsonaro, é em fugir da cadeia, em tirar os filhos da cadeia. É o nível de preocupação que ele tem.

Luis Fernando Verissimo (*) - Quando chega um ponto que não dá para aguentar o Brasil de Bolsonaro, para onde você foge?

Gregório - Eu fujo para o Veríssimo mesmo. De vez em quando a gente pensa assim: por que estou lutando e dedicando tanto tempo da minha vida a um país que elegeu esse cara? Será que é um país condenado a ser extrativista, escravagista e lutar contra isso seja lutar contra um DNA, uma condenação, e seja uma luta vã e inglória?

O Brasil está em disputa. Não podemos entregá-lo ao Bolsonaro

Me pergunto isso e sou obrigado a lembrar do Veríssimo e de tantos outros. Nosso país pode ser tudo isso: extrativista, escravagista, mas também é um país subversivo, libertário.

O Brasil está em disputa. Não podemos entregar esse país ao Bolsonaro. O Brasil que o Bolsonaro representa existe de fato. Não acho que ele seja um alienígena que não tem nada a ver com nossa cultura. Tem. É filho de tantos outros, do Duque de Caxias ao Plínio Salgado, passando por tantos outros bolsonaristas antes de Bolsonaro, expoentes desse mesmo pensamento escravagista, extrativista, colonialista e colonizado tudo ao mesmo tempo. Essas pessoas existem, mas nossa cultura é muito maior do que elas. E eu me refugio em Aldir Blanc, Sérgio Santanna, Ruben Fonseca, em todas as pessoas que fizeram do Brasil algo mais do que uma grande monocultura de commodities, um grande engenho de açúcar, o Brasil é muito mais do que isso.                                      

Fraga (*) - Qual vai ser a primeira coisa que tu vais fazer depois que descobrirem a vacina para a covid?

Gregório - Um bloco de carnaval.

(*) Entre os participantes remotos, com perguntas por email, a entrevista contou com Luis Fernando Verissimo, Carlos Castelo, Edgar Vasques e Fraga.

Assista e entrevista completa

Edição: Ayrton Centeno