Apesar dos EUA, há 55 anos, mais de 600 mil cubanos forneceram serviços médicos em 160 países
Todas as noites que uma Brigada Médica retorna a Cuba, o povo cubano sai as ruas e varandas para aplaudir e torcer pelos mais de 3000 mil membros das brigadas médicas Henry Reeve que estão lutando contra a pandemia da covid-19 em mais de 30 países. Para o povo cubano, estes profissionais não são apenas médicos que vão para o exterior, mas representantes de uma sociedade onde a vida humana e a saúde são prioridades.
Nos últimos 55 anos, mais de 600 mil cubanos forneceram serviços médicos em 160 países. Durante todo este tempo o Departamento de Estado do governo estadunidense utilizou inúmeras táticas sujas para desacreditar e minar seu propósito de administrar a saúde aos pobres, principalmente na América Latina.
Em 2009 a 2017, foi criado um Programa de Liberdade Profissional Médico Cubano, cuja a razão de existir era atrair os médicos cubanos de sua missão com promessas de passagem para os EUA, onde haveria green cards e emprego garantidos. No ano passado, a Agência para o Desenvolvimento Internacional que fornece fundos para os programas de ataque contra Cuba, destinou U$ 3 milhões só para projetos dirigidos contra as brigadas médicas no exterior.
O exemplo do modelo cubano de saúde para todos é a antítese do modelo de saúde estadunidense que exclui milhões e leva outras pessoas a falência para pagar contas médicas e hospitalares. Imagine um modelo como esse sem as seguradoras e os gigantes farmacêuticos que desejam controlar todos os medicamentos e vende-los legalmente a qualquer custo. Não nos impressionam as diversas tentativas de rebaixarem o prestígio que Cuba mantém pelo mundo.
A administração Trump não iniciou os ataques, mas intensificou as sanções que agora também incluem o fim de todas as remessas de cubanos-americanos para suas famílias na ilha. Também, o governo Trump denunciou as brigadas médicas por constituírem trabalho forçado, ignorando que em Cuba há mais voluntários para cumprir essas missões do que vagas e que os maiores heróis são seus médicos.
Em muitos países, onde não há brigadas médicas cubanas, médicos e associações médicas profissionais expressam vários níveis de oposição. Mas isso ocorre porque um aspecto das Brigadas Médicas Henry Reeve, é que elas são especializadas e treinadas para trabalhar imediatamente em situações de triagem de emergências, como desastres naturais e vírus que se espalham rapidamente. As brigadas médicas não são uma solução de longo prazo para as deficiências do sistema de saúde de um país, mas uma solução temporária para uma necessidade imediata.
Ao reunir-se com uma brigada que retornou a Cuba, o presidente Diaz Canel disse: “Testemunhar o crescimento do clamor mundial para que nossos brigadas sejam nomeadas para o Prêmio Nobel da Paz nos enche de orgulho saudável nos dias de hoje. Com a missão que vocês cumpriram, vocês deram uma contribuição sólida para o avanço deste movimento.”
Apoie essa ideia do reconhecimento mundial do caráter humanitário das Brigadas Médicas Henry Reeve para o Prêmio Nobel da Paz 2021. Assine a petição na página.
Edição: Katia Marko