A Associação dos Enfermeiros do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (AEHCPA) reuniu depoimentos de profissionais que direta ou indiretamente lutam no enfrentamento à covid-19. Lançado na última sexta-feira (21), o vídeo alerta a população sobre os altos índices de contaminação por covid-19, os riscos à sociedade e como a Enfermagem também tem sido penalizada pela flexibilização do distanciamento social e falta de medidas protetivas. As falas foram gravadas em formato de selfie ou com a ajuda de colegas. As enfermeiras que aparecem sem máscara fizeram os registros de casa.
O lançamento ocorreu no momento em que o estado já passou das 3 mil mortes pelo novo coronavírus e tem mais de 100 mil casos confirmados, mas o Rio Grande do Sul vive a falsa sensação de que tudo está voltando à normalidade.
“A pandemia continua, o número de novos pacientes ainda é extremamente elevado, a taxa de ocupação do Centro de Terapia Intensiva – CTI – do HCPA está acima de 90% e ainda não existe cura comprovada para a doença”, alerta a presidenta da Associação, Maria Lúcia Pereira de Oliveira.
Uma pesquisa realizada em conjunto pelos professores Maurício Guidi Saueressig e Jair Ferreira, de Medicina, Cristiano Hackmann, de Matemática, e Carlos Schönerwald, de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) projeta que Porto Alegre deverá atingir o pico de pacientes de covid-19 internados simultaneamente em leitos de UTI entre o final de agosto e meados de setembro. A partir dali, iniciaria uma queda gradual que atingiria, em novembro ou dezembro, os índices registrados em abril e maio deste ano e chegaria a zero, ou próximo disso, em fevereiro de 2021.
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) soma mais de 700 enfermeiros e enfermeiras, totalizando cerca de 2,6 mil profissionais da Enfermagem junto com técnicos e auxiliares, corpo técnico capacitado que representa mais de 40% da força de trabalho da instituição.
A Associação dos Enfermeiros do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (AEHCPA) foi criada em 19 de março de 1986. Nestes 34 anos, tem como papel fazer a interlocução entre enfermeiras e enfermeiros com as mais diversas instâncias, tanto dentro da instituição como junto a organismos externos.
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Edição: Katia Marko