Rio Grande do Sul

PANDEMIA

Pesquisa da UFPel aponta crescimento de infectados pelo novo coronavírus no RS

Divulgada nesta quinta (20), a 7ª fase da pesquisa Epicovid estima mais de 139 mil contaminados no estado

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Um a cada 82 moradores do RS tiveram contato com o vírus, estima o estudo - Daniela Xu / UFPel

A proporção de infectados pelo novo coronavírus é de um a cada 82 habitantes no RS, estima a 7ª etapa da pesquisa Epicovid, apresentada nesta quinta-feira (20) pelo governo estadual. Segundo os dados, seriam 139.055 pessoas já infectadas no estado, ao contrário dos 104.068 casos confirmados pela Secretaria da Saúde (SES) até esta quinta.

Coordenada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e pelo governo do Rio Grande do Sul, a atual etapa foi realizada entre os dias 14 e 16 de agosto, com 4.500 testes rápidos aplicados em nove cidades: Caxias do Sul, Passo Fundo, Porto Alegre, Ijuí, Santa Maria, Pelotas, Uruguaiana, Santa Cruz do Sul e Canoas. Dos 4.500 testes aplicados, 55 deram positivo. 

Na testagem anterior, havia um caso positivo a cada 104 gaúchos. Na quinta, havia um caso positivo a cada 214 pessoas; na quarta, um a cada 562 pessoas; na terceira, um a cada 454 pessoas; na segunda, um a cada 769; e na rodada inicial, um a cada 2 mil.

“Em outros lugares do Brasil, no momento mais crucial, havia 15%, 20% da população infectada. Isso mostra que o RS, por meio das políticas públicas e das ações do governo e dos pesquisadores, tem conseguido fazer com que a pandemia seja menos grave por aqui”, expôs o reitor da UFPel, Pedro Hallal, na apresentação virtual feita nesta tarde.

A pesquisa também apontou que o número de pessoas que saem diariamente também caiu. Eram 33,3% dos entrevistados no final de julho e, agora, foram 32,6%. “Desde o início da pesquisa, o percentual de pessoas que saía todos os dias aumentou muito. Desde a chegada mais intensa do coronavírus (entre o final de junho, julho e agosto), porém, parece que, felizmente, a população gaúcha entendeu a gravidade e está mais em casa, esse percentual parou de aumentar”, explicou o reitor.

Contudo a quantidade de pessoas que sai para cumprir atividades essenciais, aumentou: 54,6% dos entrevistados saem com essa finalidade. No final de julho, eram 54,1% dos entrevistados.

Os coordenadores do estudo reforçam a necessidade de ampliar a testagem por RT-PCR e realizar a busca ativa de contatos das pessoas que tiverem resultado do teste positivo para, assim, frear a disseminação do contágio. A 8ª fase do estudo está prevista para o começo de setembro. 

Veja aqui a pesquisa completa. 

Edição: Marcelo Ferreira