O deputado federal Bibo Nunes (PSL) tem trabalhado para que o governo federal escolha o terceiro colocado da lista tríplice, o professor Carlos André Bulhões Mendes, como o novo reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para a gestão 2020-2024. Em consulta à comunidade acadêmica realizada em julho, a Chapa 1, com Bulhões e Patrícia Helena Lucas Pranke como vice-reitora, foi a menos votada entre os professores, funcionários e alunos da universidade. A Chapa 2, com os atuais reitor e vice-reitora, Rui Oppermann e Jane Tutikian, respectivamente, ficou em primeiro lugar.
Em entrevista à rádio Guaíba, nesta segunda-feira (17), Bibo Nunes confirmou que tem atuado junto ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para que Bulhões seja nomeado o novo reitor da UFRGS. A lista tríplice é uma indicação da comunidade acadêmica e, tradicionalmente, o primeiro colocado é o escolhido, embora não haja a obrigatoriedade de o presidente seguir o resultado da consulta.
“Estou bancando o nome dele”, disse o deputado federal e apoiador de Bolsonaro. “Nunca a direita comandou a maior universidade do Brasil, que é a UFRGS”, destacou. Bibo Nunes afirmou que, nesta terça-feira (18), terá reunião com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, ocasião em que pretende afirmar que “o reitor ideal” é o professor Carlos Bulhões. “Para o bem da UFRGS, para uma melhor educação, uma educação onde não vamos partidarizar nada. Não vamos tentar induzir alguém a ser de esquerda ou de direita, queremos melhorar a educação e Carlos Bulhões é o melhor para ser reitor da UFRGS”, justificou.
Lúcio Vieira, presidente da ADUFRGS-Sindical, disse que a entidade mantém apoio ao resultado da consulta democrática realizada com professores, alunos e funcionários da universidade. “Defendemos a nomeação do primeiro da lista. Respeitamos o professor Carlos Bulhões, mas no nosso entendimento, ele não teve a votação em qualquer dos segmentos (professores, técnicos e estudantes) da universidade que o habilitem democraticamente a pleitear esta indicação”, afirmou.
Edição: Sul 21