Com objetivo de fortalecer as ações de prevenção e combate à contaminação por covid-19 em populações sob risco social, o Instituto Cultural Padre Josimo (ICPJ) organizou a distribuição de mais de duas toneladas de alimentos, material de higiene, roupas e máscaras solidárias na região da Campanha Gaúcha. O projeto, sob coordenação dos freis Laércio da Luz e Wilson Zanatta, alcançou áreas quilombolas, aldeias indígenas e também comunidades urbanas nos municípios de Bagé, Aceguá e Pinheiro Machado.
A ação aconteceu entre 17 de julho e 4 de agosto, utilizando recursos mobilizados através da Comissão Pastoral da Terra e de doações do casal de advogados Marília e Jorge Buchabqui, investidos na compra de alimentos e materiais de higiene. Também se somaram doações de famílias organizadas na Rede de Comunidades Santo Isidoro Camponês - formada por assentados da reforma agrária dos municípios de Hulha Negra, Candiota e Aceguá - que reuniram roupas, cobertores, colchões, fogões e alimentos agroecológicos.
Recursos materiais, mas também informação!
"As famílias beneficiadas são de locais e realidades bem diversas", explica Frei Laércio, citando como exemplos os quilombos Tamanduá e Lata e a aldeia guarani da Mina, em Aceguá, e o Quilombo das Palmas, em Bagé. “Também foram encaminhadas doações para aldeias em outros locais do estado”, acrescenta. “Já nas cidades foram atendidas famílias em situação de vulnerabilidade social e alimentar em Bagé e Pinheiro Machado, com a participação da Cáritas Diocesana”, detalha o capuchinho, explicando que a distribuição aconteceu em locais combinados com antecedência, com público reduzido e sendo tomados todos os cuidados recomendados em virtude da pandemia.
"Antes da distribuição, foi feita uma roda de conversas e debatido sobre o momento sanitário brasileiro e sobre os cuidados básicos de higiene e saúde", apontou Frei Zanatta. “Além disso, foi conversado sobre a importância de manter um equilíbrio mental e espiritual como forma de evitar outras doenças e de manter a imunidade”, acrescentou. O frei relembrou também que foi dado muito destaque para a necessidade de cultivar relações saudáveis em casa e com os membros da comunidade neste momento de isolamento social.
Solidariedade sim, assistencialismo não!
No Quilombo das Palmas, Dom Cleonir Paulo Dalbosco, bispo diocesano de Bagé, falou para as pessoas que “estamos vivendo um momento de muita preocupação com esta pandemia que está matando muita gente e nós, como Igreja Católica, estamos atentos às necessidades de quem precisa de ajuda”. Para ele é importante deixar claro que se deve promover a solidariedade e não o assistencialismo: “Estamos trabalhando para que a vida seja cuidada em todos os ambientes e locais”.
Vanderlei Alves de Alves, um dos líderes comunitários do Quilombo das Palmas, destacou que “há um grande medo com a covid-19 no Quilombo” e que “encontros assim, de orientação e esperança, ajudam a enfrentar este isolamento social com mais tranquilidade”. Para Alves os alimentos e demais itens compartilhados na comunidade serão muito importantes, especialmente no atendimento das necessidades de crianças e idosos.
O ICPJ também inseriu na ação a distribuição de sabão medicinal, própolis e panfletos com orientações básicas sobre os cuidados necessários para o enfrentamento da pandemia. Também foram entregues roupas, colchões, cobertores e fogões para famílias indígenas com maior necessidade. E foi disponibilizado recurso para amparar algumas ações em aldeias indígenas na região Metropolitana e Sul do estado.
Contribua com as ações do ICPJ
O Instituto Cultural Padre Josimo (ICPJ) realiza diversos projetos e ações sociais. Você pode contribuir com doação de alimentos, roupas, material de higiene e limpeza, material de proteção individual, assim como recursos financeiros. Os canais de contato estão disponíveis clicando AQUI. Você também pode contribuir adquirindo livros publicados ou revendidos pela Editora do ICPJ, confira os títulos disponíveis clicando AQUI.
Edição: Marcelo Ferreira