Mesmo com o crescimento de mortes e de infecções de covid-19, o futebol vai retornar a Porto Alegre neste fim de semana. A autorização partiu do prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB). Nas semifinais do Campeonato Gaúcho, o Grêmio enfrenta o Novo Hamburgo domingo, às 19h, na Arena, enquanto Internacional jogará no mesmo dia contra o Esportivo, às 16h, no Beira-Rio. Antes, devido ao veto agora suspenso, os dois clubes da Capital mandaram suas partidas no interior do estado. Os jogos acontecerão sem público.
Na tarde desta sexta-feira, Porto Alegre registrava 8.256 contaminações e 334 mortes, segundo o monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde. No Rio Grande do Sul, havia 66.692 casos. Deste total, 7.321 pacientes necessitaram internação hospitalar devido ao quadro de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda). No estado, 1.876 vidas haviam sido perdidas. Tanto na Capital quanto no Interior, o panorama era de elevação de casos e de mortes.
Empresários querem afrouxar
Marchezan disse que será “uma experiência”. Ele espera as torcidas não provoquem aglomerações e que a população não veja a novidade como uma sinalização de dispensa das restrições e dos cuidados até agora obedecidos. O prefeito anunciou a liberação em live com os presidentes do Grêmio, Romildo Bolzan, do Inter, Marcelo Medeiros, e da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Hocsman.
Tanto Marchezan quanto o governador Eduardo Leite, também do PSDB, têm sido pressionados por políticos e empresários para afrouxar os procedimentos de enfrentamento da pandemia, sobretudo as regras quanto ao funcionamento do comércio. A Federação de Entidades Empresariais/RS (Federasul), por exemplo, prega a flexibilização das atividades econômicas. Sua presidenta, Simone Leite, já classificou o regramento imposto pela expansão do coronavírus como um tolhimento das liberdades individuais que, no seu entendimento, não está funcionando.
Marchezan pretende flexibilizar mais
Nesta sexta-feira, Marchezan Jr. afirmou em videoconferência que vai iniciar um planejamento junto às entidades empresariais para discutir a flexibilização nas restrições impostas às atividades econômicas. Segundo o prefeito, essas novas medidas só serão tomadas se a cidade apresentar uma redução de demanda de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e na circulação de pessoas.
Edição: Marcelo Ferreira