Com 33 mortes registradas nas últimas 24 horas, o Rio Grande do Sul já tem 1.285 óbitos em decorrência do novo coronavírus. A informação é da Secretaria Estadual da Saúde (SES), que nesta segunda-feira (20) informou ainda 358 novos casos de covid-19. Já são 47.449 pacientes infectados desde o início da pandemia, em 445 dos 497 municípios gaúchos.
Conforme a SES, uma instabilidade no sistema de notificação de síndromes gripais faz com que, desde sábado, seja menor o volume de novos casos fechados pelos municípios. O problema não afeta os hospitalizados e óbitos, registrados em outro sistema.
Entre os óbitos confirmados hoje, somente em Porto Alegre foram 12. A capital já soma 216 vítimas e já registrou 6.545 casos da doença. Os demais óbitos informados pela SES são de residentes nos municípios de Novo Hamburgo (3), Canoas (2), Caxias do Sul (2), Alegrete, Alvorada, Cachoeirinha, Encruzilhada de Sul, Erechim, Frederico Westphalen, Guaíba e Maçambará.
Dez regiões voltam para bandeira laranja após recursos
Em videoconferência via redes sociais nesta tarde, o governador Eduardo Leite divulgou o mapa definitivo da 11ª rodada do do distanciamento controlado, que vale entre 21 e 27 de julho. Dez regiões que ficaram com bandeira vermelha no mapa preliminar foram reconsideradas após recursos e estarão com bandeira laranja: Santa Maria, Uruguaiana, Santo Ângelo, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Erechim, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado. Pelotas e Bagé completam as regiões classificadas em risco médio.
Oito regiões seguem com bandeira vermelha, que indica alto risco epidemiológico: Taquara, Passo Fundo, Palmeira das Missões, Caxias do Sul, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Canoas e Porto Alegre. Com isso, o mapa desta semana tem menos regiões em bandeira vermelha em relação ao anterior, que trazia 10. Essas oito regiões correspondem a 252 municípios, com 7.199.739 habitantes. Porém, entre essas cidades, 120 podem adotar os protocolos da bandeira laranja, já que não registram óbito ou hospitalização nos 14 dias anteriores à apuração.
Na live o governador ressaltou a importância da manutenção do distanciamento social, com destaque para a Região Metropolitana, que está em uma situação mais preocupante. “Fiquem em casa o máximo que puderem. Estabeleçam o menor número de interações possível, para que consigamos conter o avanço e conseguir, mais do que uma redução da velocidade, uma redução da demanda", disse.
De acordo com Leite, uma parceria com o Todos pela Saúde, que envolve o setor privado, vai viabilizar a ampliação de 1.000 para 4.000 testes de RT-PCR. A iniciativa, chamada de Testar RS, vai ampliar os testes para quem teve contato com pessoas que testaram positivo “para que se possa fazer o isolamento e tratamento adiantado do coronavírus dessas pessoas, antes da situação agravar e necessitar um leito de UTI”.
Leite destacou ainda que o distanciamento controlado busca equacionar vida e economia. "Seguimos firmes na ideia de preservar a vida dos gaúchos e as atividades econômicas", afirmou. Segundo ele, nesta semana terá uma reunião com associações de municípios para discutir a gestão controlada do modelo de distanciamento controlado.
Veja como ficou o mapa final da 11ª rodada no site https://distanciamentocontrolado.rs.gov.br.
UTIs cada vez mais lotadas no estado
A taxa de ocupação dos leitos de UTI segue a curva de crescimento no estado. Mesmo com a abertura de leitos em algumas cidades, na tarde desta segunda-feira atingiu 78% de lotação. Do total de internações, 45% são referentes a pacientes com covid ou suspeita.
A região com maior índice de ocupação de UTIs é a Metropolitana, que está com 84,1% dos leitos ocupados. Em seguida está a Serra, com ocupação de 81,4%.
Em Porto Alegre, a ocupação segue em mais de 90%, desde o dia 16 de julho. Na tarde desta segunda-feira, está em 90,32%. Entre os pacientes internados nas UTIs da capita, 48,2 % estão com covid ou suspeita.
O que é coronavírus?
É uma extensa família de vírus que podem causar doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos, os vários tipos de vírus podem causar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns até a crises mais graves como as provocadas pela síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.
Como ajudar a quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Como tirar dúvidas?
A Secretaria Estadual da Saúde recomenda à população e aos profissionais de saúde do RS que entrem em contato com a vigilância epidemiológica de seu município para esclarecimento de dúvidas. Nos horários que as repartições municipais não estiverem atendendo ao público, está disponível o telefone 150 - Disque Vigilância da SES. Questionamentos podem ser encaminhados também para o email [email protected]
Edição: Marcelo Ferreira