Com mais de 5 mil requerimentos de pesquisa mineral em solo gaúcho e quatro megaprojetos já em processo licenciamento ambiental no estado, o Rio Grande do Sul segue na mira quanto se trata da megamineração. Para debater os impactos desse processo, o Comitê de Combate à Megamineração (CCM/RS) promove, nesta segunda-feira (8), às 20h, a abertura do Seminário Online Territórios em Risco: o avanço da megamineração no RS. Com mais 100 entidades de diversos setores da sociedade articulados, o Comitê realizará todas as segundas-feiras, às 19h, em suas redes, mais debates sobre o tema.
De acordo com o Comitê, a mineração coloca em risco diversos territórios que hoje são moradia e local de trabalho de pequenos agricultores, pescadores, povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais. “A mineração no Brasil é um saque, tendo em vista que os irrisórios impostos gerados (e em grande medida sonegados pelas empresas), não compensam toda degradação do ar, rios, campos, matas e biodiversidade, a geração de doenças, os riscos de catástrofes, a perda da segurança hídrica e alimentar, o desrespeito aos modos de vida das comunidades tradicionais e originárias, e a destruição de empregos e cadeias produtivas locais verdadeiramente sustentáveis”.
A abertura do seminário integra a programação do Fórum Popular da Natureza e debaterá o tema "A experiência de luta do Comitê de Combate à Megamineração no RS, desafios dessa luta em meio à pandemia do novo coronavírus". Participam da atividade quatro integrantes do Comitê: Michele Ramos (MAM), Salete Carollo (MST e Instituto Preservar), Eduardo Raguse (AMA Guaíba) e Marcos Todt (APCEF).
Intitulado #2asPelaVida, as próximas edições trazem mesas temáticas que versaram sobre a relação da mineração com a economia, os ambientes, a sociedade, os direitos humanos, os povos originários e tradicionais, a saúde, e alternativas ao modelo mineral vigente. Os debates trazem várias perspectivas: dos territórios, dos movimentos ambientalista, feminista, indigenista, por reforma agrária, por moradia, sindical, da ciência, da saúde, da soberania popular, do bem viver.
A transmissão ao vivo será pelas páginas no Facebook e no Youtube do Fórum Popular da Natureza.
Edição: Marcelo Ferreira