A cesta básica de Porto Alegre aumentou 5,85% em abril, conforme pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado na manhã desta segunda-feira (11). Com isso, passa a custar R$ 427,01, a quarta mais cara do país, atrás de São Paulo (R$ 556,25), Rio de Janeiro (R$ 544,34) e Vitória (R$ 537,89).
Na passagem de março para abril, dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais, oito ficaram mais caros. São eles: a batata (34,87%), o tomate (32,66%), o feijão preto (16%), o leite (15,65%), o arroz (7,64%), a banana (6,94%), a farinha de trigo (2,24%) e o óleo de soja (0,42%). O pão francês não registrou variação de preço.
Por outro lado, quatro itens registraram queda: o principal deles foi a manteiga, com diminuição de 4,67%. Já o café teve deflação de 4,10%, a carne de 1,29% e o açúcar refinado de 0,39%.
De acordo com o Dieese, o salário mínimo necessário deveria equivaler a R$ 4.673,06, ou 4,47 vezes o mínimo de R$ 1.045,00.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, alterado para 7,5%, com a Reforma da Previdência, a partir de março de 2020, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em abril, metade da jornada para comprar os alimentos básicos (50%).
Em Porto Alegre, a jornada de trabalho necessária de um gaúcho para comprar a cesta básica é de 110 horas e 57 minutos.
Devido à pandemia, o Dieese realizou a pesquisa dos valores dos alimentos, no mês de abril, por telefone, e-mail, consultas na internet e em aplicativos de entrega e em algumas localidades de forma presencial. Assim, segundo o Dieese, as variações devem ser relativizadas, uma vez que o preço médio de abril é resultado não só da atual conjuntura, mas do fato de não ter sido possível seguir à risca a metodologia da pesquisa.
* Com informações da CUT-RS
Edição: Marcelo Ferreira