O número de mortos em decorrência do novo coronavírus no Rio Grande do Sul chegou a 103 nesta segunda-feira (11). Até o início da tarde, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirma 100 óbitos, mas ainda não foram computadas uma morte no município de Passo Fundo, que já soma 18 vítimas, uma no município de Roca Sales, que registrou a primeira vítima, e outra em Nonoai, que também registrou sua primeira morte.
Os casos confirmados de covid-19 no estado até o momento chegam a 2.576, espalhados em 193 municípios, conforme a SES. Do total de casos, 1.434 são considerados curados e 1.042 ainda estão em recuperação. Conforme os dados oficiais, para cada 100 mil habitantes, existem 22,6 infectados no estado. Já conforme o resultado da segunda fase de uma pesquisa encomendada pelo governo do estado para a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), para cada paciente infectado confirmado no RS, projetam-se 12 casos não notificados.
A capital gaúcha registra a maior parte dos casos no estado, com 508 confirmados e um total de 17 óbitos. A segunda cidade com mais casos é Passo Fundo, que com a atualização passa a ser o município com mais mortes em decorrência do coronavírus. Apesar dos números, a região de Passo Fundo passou da bandeira vermelha para a laranja no distanciamento controlado que passou a valor neste segunda-feira, o que permite a liberação de algumas atividades na cidade. Porto Alegre também está com bandeira laranja.
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Situação no Brasil
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde neste domingo (10), o Brasil registrou 496 novos óbitos por covid-19 em 24 horas, totalizando 11.123 registros oficiais de mortes causadas pelo novo coronavírus. No entanto, o número ainda pode estar subnotificado, já que, segundo o Ministério, aos finais de semana as equipes dos estados e municípios trabalham com pessoal reduzido, o que impacta na quantidade de testes aplicados.
No período de um dia, o país apresentou 6.760 novos casos de covid-19, totalizando 162.699 casos. A taxa de letalidade do vírus no país se mantém em 6,8%. O país é o sexto em número de mortes pelo coronavírus em todo o mundo, de acordo com a plataforma da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, com maior taxa de letalidade na América do Sul, segundo um estudo realizado pelo Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (NOIS).
Subnotificação
Entre os dias 16 de março e 08 de maio deste ano, os cartórios brasileiros registraram 3.307 mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG). O número é mais de 1.500% superior ao observado no mesmo período do ano passado, quando 210 pessoas morreram por causa da SRAG no país. Uma das consequências mais agressivas da covid-19, a síndrome é causada por vírus e foi registrada pela primeira vez no mundo em 2002. Ela atinge a capacidade de funcionamento dos pulmões, causa dificuldades na respiração, além de febre e dores.
A leitura é de que o cenário está diretamente ligado ao coronavírus e aponta para subnotificação. Curiosamente, os registros de mortes por outras doenças respiratórias no período seguem estáveis. É o caso, por exemplo, dos dados relativos à pneumonia e à insuficiência respiratória. Os números ainda não estão consolidados, já que existe um limite de tempo legal para registros de morte por partes das famílias, dos médicos e dos cartórios.
O que é coronavírus?
É uma extensa família de vírus que podem causar doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos, os vários tipos de vírus podem causar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a síndrome respiratório do Oriente Médio (MERS) a crises mais graves, como a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.
Como ajudar a quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Como tirar dúvidas?
A Secretaria Estadual da Saúde recomenda à população e aos profissionais de saúde do RS que entrem em contato com a vigilância epidemiológica de seu município para esclarecimento de dúvidas. Nos horários que as repartições municipais não estiverem atendendo ao público, está disponível o telefone 150 - Disque Vigilância da SES. Questionamentos podem ser encaminhados também para o email [email protected].
Edição: Marcelo Ferreira