Não se preocupe, o título deste artigo se remete aos discursos das últimas semanas do presidente da República, em nenhum momento estou desejando que o nosso país seja jogado às traças, mas, como historiador preciso refletir sobre as falas dele, pois as ações do líder da nação brasileira afetará nosso futuro.

Bolsonaro em uma de suas entrevistas soltou o seguinte jargão: “E daí? Sou o messias, mas, não faço milagres”, referente às mortes que assolam o nosso país. Nas últimas semanas temos percebido mais uma vez o presidente Jair Messias Bolsonaro atuar como um líder do Executivo sem compaixão para com a nação brasileira. No dia 28 de abril, em frente ao palácio da Alvorada, ele disse “E daí?” para a quantidade de mortes pela covid-19 e que não era milagreiro.

A empatia é uma das principais características de um líder, e isso falta nele, pois não consegue enxergar as necessidades do povo brasileiro e muito menos entender que essas mortes trazem uma má imagem para sua gestão e, principalmente, para o resto do mundo. O número de óbitos até 9 de maio foi no total de 11 mil, alarmante, pois grande parte destas pessoas poderiam ter sido salvas se o presidente escutasse os ministros que ele mesmo nomeou no início de seu governo, mas, prefere ignorar os técnicos.

Nas últimas semanas Bolsonaro tem enterrado a Democracia brasileira, fazendo joguinhos com o STF, emplacando seus projetos ambiciosos e brutal, Jair tem usado termos de baixo escalão, mandando jornalistas calar a boca, e claro, não deixando o povo brasileiro saber a verdade que está escancarada, o Brasil ainda vai sofrer muito com o cenário do corona, pois não estamos nem no pico deste vírus.

As falas necrófilas de Bolsonaro já inauguram os anais da História como a mancha de sujeira do seu governo. Como historiador, nunca vi um presidente com tamanha falta de solidariedade. Nunca vi um presidente com tamanha falta de empatia, uma pessoa que não lamenta a morte do seu povo não é um presidente que merece estar no poder.

Sabemos que o isolamento social é a única saída para a realidade que o nosso país está vivendo e ainda vai viver. Não podemos nos deixar levar pela pressão de lobistas que necessitam se alimentar do sangue da mão de obra que é explorada pelas grandes empresas. O Brasil, a população hoje, precisam de auxílio para conseguirem sair desta crise humanitária, não necessitamos de necrofilia e muito menos palavras de ódio e grosseria para com os jornalistas, precisamos de empatia, solidariedade e principalmente resiliência.

* Historiador

Edição: Katia Marko