Na tarde desta quarta-feira (29), um grupo de alpinistas realizou uma homenagem aos profissionais de Saúde no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), semelhante à ação já feita em outros hospitais da capital.
Durante a homenagem, representantes da Aserghc (Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição) se juntaram a outros trabalhadores do GHC para protestar pela falta de equipamentos de proteção individual para os profissionais de Saúde, assim como testagem rápida para covid-19 para todos, e o afastamento imediato de todos os trabalhadores que pertencem ao grupo de risco para a doença.
Segunda a associação, mesmo após a morte da técnica de enfermagem Mara Rúbia, e do agravamento da infecção entre os profissionais da Saúde, a gestão do Grupo permanece intransigente e não garante a segurança eficaz para todos os seus trabalhadores. O vereador de Porto Alegre, Roberto Robaina (PSOL), participou do protesto em solidariedade à reivindicação dos trabalhadores.
Manifestação se deu durante homenagem de alpinistas aos profissionais da Saúde / Divulgação
A diretora da Aserghc, Carine da Fontoura Fernandes, afirma que a associação vem reivindicando diretamente uma posição do GHC frente às inúmeras denúncias que recebem em relação a falta de EPIs. “Exigimos que seja realizada a testagem para todas/os trabalhadoras/es do GHC, com maior agilidade nos resultados. Também seguimos lutando pelo afastamento das/os trabalhadoras/es do grupo de risco, situação que vem sendo negligenciada pela instituição, com medidas pouco resolutivas”, salienta.
Na avaliação de Carine, mais do que nunca, é preciso defender o GHC 100% SUS, “que novamente junto com o HCPA entrou para a lista das empresas estatais que o governo federal pretende desestatizar. A luta segue, todas as nossas reivindicações estão diretamente ligadas ao cenário de desmonte da Seguridade Social, por isso defendemos a revogação imediata da EC 95! Assim como a defesa do GHC 100% SUS!”.
De acordo com o levantamento feito pela GaúchaZH, o GHC foi o local de aumento mais expressivo no número de profissionais da Saúde afastados, passando de 279, no início do mês, para 865 afastados no final do mês de abril. Até então, 48 profissionais foram positivados para o novo coronavírus e 128 pertenciam ao grupo de risco.
No Rio Grande do Sul, já são 1.984 trabalhadores da área da Saúde afastados por consequências da pandemia nas 18 maiores cidades e nas duas das principais instituições de saúde pública da Capital: Complexo Hospital Conceição (GHC) e Hospital de Clínicas.
Edição: Katia Marko