A CUT-RS entregou, na manhã desta quarta-feira (15), cestas básicas com mais de uma tonelada de alimentos saudáveis e 60 máscaras de algodão orgânico para recicladores na periferia de Porto Alegre. A ação de solidariedade é feita em parceria com o SindBancários, Sinpro-RS e Adufrgs Sindical, para proteger esses trabalhadores vulneráveis da pandemia do coronavírus.
A distribuição ocorreu no Centro de Reciclagem da Associação Comunitária Mulheres na Luta Anitas, no bairro Farrapos, na Associação de Catadores Beira-Rio e na Associação dos Catadores da Ilha Grande dos Marinheiros, ambas no bairro Humaitá, bem como em entidades comunitárias nos bairros Cruzeiro, Partenon e Sarandi.
Os alimentos foram produzidos pela Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (Coomafitt). Já as máscaras reutilizáveis foram confeccionadas pela Cooperativa de Costureiras Unidas Venceremos (Univens).
No ato, o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, destacou a importância da mobilização e solidariedade frente ao contexto atual. “Trabalhador tem que ajudar trabalhador, ainda mais nesta hora de pandemia, aonde o poder público se omite diante dos mais necessitados e cria entraves burocráticos para não permitir o acesso da população carente ao auxílio emergencial aprovado no Congresso Nacional”, frisou.
Por sua vez, o vice-presidente da CUT-RS e presidente do SindBancários, Everton Gimenis, lembrou que, apesar dos bancários estarem trancados dentro das agências ou trabalhando em casa com medo do coronavírus, é uma categoria que está empregada e pode ajudar quem mais precisa, especialmente os catadores de materiais recicláveis, que neste momento estão impossibilitados de trabalhar como antes.
Ativista social e integrante do Centro de Integração Paulo Paim (CIPP), Leonel Carvalho pontuou que ações como a de solidariedade da CUT-RS são uma questão de sobrevivência para muitos recicladores diante do descaso da prefeitura com a população em situação de vulnerabilidade social. “O que nós estamos fazendo deveria ser de competência do prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB) e do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). São famílias que estão sem ter o que comer em razão da paralisação das unidades de reciclagem”, afirmou.
Para Daniele Ferreira, uma das integrantes da Associação Comunitária Anitas, que desde 2014 ocupa prédio cedido pelo governo do Estado no bairro Farrapos, as doações farão a diferença na vida das famílias dos recicladores.
Com informações da CUT-RS.
Edição: Marcelo Ferreira