Com um festivo longo, rosa, de composição abstrata, entrelaçando as cores verde, laranja rosa e preto em diversas camadas feito à mão pelas indígenas da etnia Kuna, presentes no Panamá, além de pequenos povoados na Colômbia, Zoravia Bettiol caminha a passos tranquilos, amparada pela jornalista Katia Marko. No trajeto até o local da entrevista, o Jardim Lutzenberger, na Casa de Cultura Mario Quintana, centro de Porto Alegre, a artista plástica fala de feminismo, amor e contexto político social.
Sentada no jardim, que leva o nome do pioneiro ambientalista José Lutzenberger, Zoravia, fala de sua admiração pela arte indígena e negra. “A arte indígena e a arte africana são as artes que eu tenho mais respeito e admiração, a cultura deles é riquíssima e forte.”
Para ela, fazer arte, principalmente nos tempos atuais, exige muita sensibilidade e um olhar muito atento do mundo, para se poder absorver as coisas boas e observar as coisas ruins. “Essa desigualdade social é criminosa, e nesses governos mais recentes, principalmente nesse em que estamos, a desigualdade está acentuadíssima e vai piorar porque esse senhor presidente odeia indígenas, quilombolas, LGBTs, mulheres. Imagina um presidente que odeia o ser humano, isso não deveria existir.”
Com olhar atento às causas sociais, culturais, ambientais, aos 84 anos, Zoravia continua ativa nas lutas. Nascida no dia 17 de dezembro, festejou algumas vezes a data com seu amigo Verissimo. Com um instituto que leva seu nome, já atuou, através da Ong Cristal Florido, em comunidades carentes. Filha do meio, de três irmãos, e mãe de outros três, ao escolher as artes plásticas, depois de um breve susto, recebeu todo apoio e estímulo da família, em uma época que as belas artes muitas vezes serviam apenas para arranjar um bom casamento.
Além de artista plástica, também é designer e arte-educadora, trabalha com artes gráficas, arte têxtil, pintura, murais, instalações e performances. Nasceu em Porto Alegre, em 1935. Teve sua vida e obra contada no documentário de longa-metragem Zoravia, o Filme, dirigido por Henrique de Freitas Lima.
Em entrevista para o Especial 8 de Março do Brasil de Fato RS, ela fala de sua vida, suas causas e sobre o movimento feminista. Confira:
Brasil de Fato RS: Tu já disseste que o artista não é algo desassociado, mas deve integrar todas as coisas. E tu colocas a tua arte em todas as coisas que faz. Qual o papel do artista frente a sua conjuntura sócio política?
Zoravia Bettiol: Todo ser humano é um ser político e um ser social mesmo quando a pessoa diz que não se envolve com a política. O velho Bertold Brecht dizia que a política se envolve com a gente sempre. Eu tive uma educação com muito estímulo à questão da justiça social, à cultura, à arte e à educação. Foram bases muito importantes e alicerces muito sólidos para que eu me desenvolvesse como ser humano, como cidadã e como artista. Esse lastro foi muito bom. Eu lembro claramente que com 12 anos a minha opinião, na minha casa era respeitada, e eu via que na casa dos meus amiguinhos, pais e mães passavam por cima das opiniões deles como trator.
Eu fui criada assim, pode-se fazer tudo, mas tudo tem o seu preço, isso implica em liberdade e responsabilidade então. Acho um bom binômio, que te dá equilíbrio. Essa é uma base importante. Eu e meus dois irmãos, com exceção da minha irmã que conheceu a vó sueca, quando ela tinha um ano e pouco, fomos criados sem os avós, e não fez nenhuma falta. Tínhamos meu pai, minha mãe e uma tia, irmã da minha mãe, independente economicamente, e que morava conosco. Então à noite eram três filhos e três colos, eu sentada no colo do meu pai, meu irmão no colo da mãe e minha irmã no da minha tia. Vimos que não fez falta vô e vó porque foi uma família muito afetiva e isso é muito raro.
Essa questão de eu trabalhar em arte, acho que é uma área maravilhosa, que exige muita sensibilidade e um olhar muito atento do mundo, para gente absorver as coisas boas e poder observar as coisas ruins e expressar tudo isso na arte. E vemos muita coisa no mundo, e principalmente no nosso país, como essa desigualdade social criminosa. E nesses governos mais recentes, principalmente nesse em que estamos, a desigualdade está acentuadíssima e vai piorar porque esse senhor presidente odeia indígenas, quilombolas, LGBTs, mulheres, é uma coisa tremenda. Imagina um presidente que odeia o ser humano, isso não deveria existir.
É uma injustiça tremenda, às vezes um jovem, por um crime pequeno que poderia ser resolvido com um trabalho comunitário, é encarcerado com criminosos, e custa haver um processo. Então eles são abandonados. Tínhamos que estar mudando tudo isso.
BdFRS: Quando despertou esse senso de justiça em ti, foi antes ou depois da arte? Como se une essa questão da arte com uma visão social?
Zoravia: Desde pequena para mim era uma coisa dolorosa ver que havia pobres (emocionada - pausa longa). Devia ter uns cinco anos...
Uma das primeiras séries que fiz foi “Mendigos e tipos de rua”, em São Paulo. Eu terminei o Belas Artes aqui em Porto Alegre, e meu pai que nunca me pedia nada, brincava: “Minha filha, acho que tu vais morrer de fome”. E eu estou aqui bem saudável, mas ele me disse para fazer um curso superior. Então fui para São Paulo. Estava fazendo o segundo ano científico, no Colégio Bandeirantes. Eu tinha 20 anos. E naquela época São Paulo era uma cidade linda e elegante e eu desenhava monumentos e algumas mansões. Mas em um dia da semana, quando eu voltava do colégio, ao meio dia e meia, passava por uma feira, aí era outra face de São Paulo, a mais realista, em que se via pessoas pegando alimentos que iriam para o lixo, e os feirantes também, em situação não muito melhor. Então fiz essa série de desenhos, e depois uma série de gravuras. Ao longo do meu trabalho, a desigualdade e a injustiça social aparece diversas vezes.
Agora é engraçado que isso é forte no meu trabalho, mas as pessoas lembram mais a parte lírica, mais romântica. As pessoas me registram e associam mais com coisas boas.
Eu trabalhei por 11 anos com a ONG Cristal Florido, onde trabalhávamos no turno inverso das escolas. Começamos na COHAB Feitoria, em São Leopoldo (região metropolitana de Porto Alegre), em Viamão, e também na escola Neusa Goulart Brizola, na Cavalhada. Uma vez falando com o prefeito Fogaça, ele ficou surpreso por termos 11 oficinas diferentes funcionando.
Às vezes, as pessoas não põem o coração, não lutam o suficiente para fazer as coisas. Nós fazíamos sem dinheiro. Dávamos lanches para as crianças por nossa conta. Nunca tivemos auxílio econômico, muitas crianças iam pelo lanche. As mães se aproximavam de nós. Não queríamos trabalhar só com os alunos que estudavam, acolhíamos também aqueles que não tinham as melhores notas, que não estudavam ou que ficavam na rua.
BdFRS: Porto Alegre está acabando com a escola inclusiva na educação pública. A escola estava sempre pautada na administração popular para acolher e levar em conta todos esses, respeitando as suas peculiaridades de aprendizado ou não.
Zoravia: Algumas pessoas dizem, eles não têm nada, um pouquinho chega. Não! Eu não trabalho para dar a essas pessoas a migalha da migalha, quero dar mais do que dou aos meus filhos, porque meus filhos, classe média/classe alta se defendem. Eles (menos favorecidos) têm que saber o que é bom, o que é padrão de qualidade. Eu luto para dar o melhor porque acredito nisso.
Outra coisa que vejo, é que não importa a tua oficina, se é de música, arte, o que for, temos que fazer o que se propôs. Mas, para inclusão social tu tens que trabalhar também com a auto-estima, é fundamental. Buscar com que a pessoa melhore o seu trabalho, incentivar, mostrar crescimento para que a pessoa se sinta melhor.
BdFRS: Queria voltar a Zoravia mulher, antes tu falavas do amor, viveu durante 28 anos com Vasco Prado, que também era um artista. Gostaríamos que tu nos contasse um pouco dessa história.
Zoravia: Fui aluna do Vasco, e nos casamos, tivemos o Fernando, a Eleonora e o Eduardo. Construímos muitas coisas juntos, um ateliê, que tinha galeria, onde empregamos muita gente. Chegamos a ter uma equipe de 12 pessoas, com funções diferentes. Eram outros tempos. Hoje em dia ter uma pessoa já é muito. Todas elas tinham carteira assinada, pessoas que ficaram conosco por 12, 10, 8 anos.
Um criticava o trabalho do outro, isso é importante, a opinião do Vasco no meu trabalho, como a minha no dele também. Tínhamos identidades artísticas distintas. Além de artista e mãe, eu era quem administrava o ateliê, algo que detesto, e o Vasco só fazia a parte de criação. As pessoas me julgavam como em segundo plano, e eu nunca me importei com isso, achava graça. Claro que tive esse lastro de amor e essa coisa de segundo plano não me abalou. Eu dizia, uma hora as pessoas vão se dar conta que o Vasco tem sua trajetória e eu tenho a minha.
Mas muitas vezes foi bem difícil. Administrar já é uma profissão, cuidar de uma casa enorme, era outra profissão... Pensei muitos momentos em desistir, mas não desisti, porque não queria aumentar o número das mulheres que dizem assim: “Pois é, eu abandonei a minha profissão para cuidar dos meus filhos e marido”. Porque os filhos crescem, e tu ficas uma coitada.
Minha família, dos dois lados, paterno e materno, tem mulheres muito fortes. Meu bisavô era marinheiro (pai da minha avó sueca), tinham três filhos, e ele ía para o mar e minha bisavó tomava conta de tudo.
O meu avô Adamo teve 10 filhos, e ele era mais permissivo. Se os filhos não quisessem estudar ou trabalhar não importava, mas minha avó levantava de manhã cedo e mandava todo mundo para a escola. O meu pai se formou em advocacia, e também era professor, outro tio meu em engenharia, e outras tias eram professoras.
Nós fomos criadas pelos meus pais sabendo a importância de ter uma profissão. Isso era fundamental, depois se casa ou não casa, se tem ou não dinheiro, tudo isso eram acréscimos que aconteciam ou não.
Minha irmã, Dilmer Bettiol, foi a primeira engenheira sanitarista gaúcha a trabalhar em São Paulo, na construção de barragens. Ela é a mais velha, eu a do meio e daí vem o meu irmão, que é engenheiro agrônomo, e eu artista.
Minha mãe era uma mulher muito inteligente, mas não fez curso superior. Meu pai era mais sonhador e minha mãe tinha mais o sentido prático, mas ambos me auxiliaram na minha formação.
BdFRS: Como foi para a tua família quando tu escolheu fazer Belas Artes?
Zoravia: Estava em São Paulo fazendo o científico após ter terminado o Instituto de Artes. Eu tinha 20 anos, e na época começou a cair meu cabelo, minha tia me levou no médico que disse que tinha algum problema comigo. “Ela deve estar fazendo algo com muita contrariedade e está somatizando”, falou. E eu disse claro, estou fazendo essa porcaria de científico. Eu não errei na minha função, quero ser artista. Eu trabalhava até altas horas fazendo os croquis e depois em casa, com aquarela. Então enviei uma carta dizendo que eu ia abandonar o científico. No início deu um pouquinho de choque, mas como minha família é muito colaborativa, logo só pensaram em ajudar.
BdFRS: Uma época em que as meninas faziam Belas Artes para arrumar marido, não era?
Zoravia: Isso ai! Mas eu queria fazer carreira.
BdFRS: Com que idade tu te casastes?
Zoravia: Tinha 24 anos e o Vasco 45. Ele tinha 21 anos a mais do que eu.
BdFRS: Considerando o teu tempo, tu sempre fizestes coisas consideradas vanguardistas. E outra coisa, esse teu olhar social, que sempre te fez sofrer ao ponto de tu chorar, como agora, ao lembrar da questão da pobreza. Todos os dias isso está presente, e para quem tem essa sensibilidade é bem sofrido. Boa parte das pessoas não está sensibilizada a esse ponto, mas quem está consciente e sente, é uma energia enorme para botar no cotidiano...
Zoravia: Sim, e agora as coisas estão gravíssimas nesse país. Estou no Comitê em Defesa da Democracia e do Estado de Direito, na Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), desde a década de 1980, na Chico Lisboa - Associação dos Artistas, estava na Properarte e em outro grupo de gente bacana lá do Rio de Janeiro, o Grupo Cultura da Jandira Feghali, mas saí dos dois, porque um dia eu tinha 570 mensagens no meu watsapp e não aguentei.
Também atuo na luta contra a instalação da Mina Guaíba. O meu Instituto está envolvido no Comitê contra a Mineração, que tem atualmente mais de 100 instituições contra esse absurdo. Mas agora, o mais recente que estou envolvida é contra a contratualização no Atelier Livre, Capitólio e Pinacoteca Ruben Berta. Estamos confeccionando material para uma manifestação em frente ao Centro Municipal de Cultura e também para a audiência na Câmara Municipal de Porto Alegre. Nesse material terá a palavra livre que tem diversos significados, liberdade de expressão, do conhecimento.
Trabalho 14 horas por dia, é bem pesado para dar conta da agenda. Mas tenho um assistente que está há 8 anos comigo, o Christian Comunello, que me ajuda muito.
BdFRS: Trabalha 14 horas por dia, com 84 anos, e com uma memória fascinante...
Zoravia: Não tenho memória não (risos). Já li que quando o artista usa muito a criatividade tem menos memória porque tem que ter espaço para a criatividade.
BdFRS: Tu trouxestes uma lista de mulheres que para ti se destacam. Fale um pouco disso, da atuação das mulheres, do movimento feminista.
Zoravia: O período mais marcante do feminismo foi na década de 1960, tinha uma série de reivindicações, algumas coisas mudaram. Nessas últimas décadas o feminismo no mundo tem uma conotação mais ampla, assim como algumas mulheres marcantes, com muita liderança, determinação, que lutam contra a desigualdade social, a injustiça, a favor da educação, do clima. Mulheres jovens... Adolescentes como a Malala Yousafzai, ativista paquistanesa, que dividiu um Prêmio Nobel da Paz, e continua na primeira linha na luta pela educação. Outra jovem adolescente, Greta Thunberg, sueca, uma figura de proa no movimento ambientalista no mundo, participando em diversos fóruns e eventos importantes. Recentemente apareceu uma foto das duas juntas, elas não arrefecem. E quem fala mal delas são uns coitados, machistas, principalmente os homens, invejosos e fracassados, projetam-se e não conseguem ver a grandeza e a pureza dessas criaturas.
Tem movimentos internacionais importantíssimos, como o #Metoo, popularizado pela atriz americana Alyssa Milano. E outra coisa que está colaborando, são as redes sociais, assim como as manifestações de rua, muito marcantes hoje em dia.
Depois no Chile, com a manifestação das mulheres e o hino El estuprador es tu. Ou seja, manifestações de rua, potencializadas nas redes sociais. Na Índia, com uma marcha das mulheres. Elas caminharam de 600 quilômetros, equivalente à metade do caminho entre Porto Alegre e São Paulo. Essa marcha que pegou várias cidades e uniu cinco milhões de mulheres, que reivindicam que as mulheres em idade fértil, dos 10 aos 50 anos, possam entrar nos templos, porque os homens dizem que as mulheres que menstruam são impuras. Só que eles esquecem que são muito mais impuros porque eles nascem de mulheres "impuras".
No Brasil, temos a Sônia Guajajara, uma líder indígena marcante. Também a Petra Costa, uma mulher com um olhar crítico da política no seu documentário Democracia em Vertigem. Esse que o coitado do presidente diz que o que ela fez foi ficção, qual é a realidade dele?
Também a Djamila Ribeiro, filósofa que tem um trabalho muito importante, ativista, negra, que escreve na Folha de São Paulo. Débora Diniz, antropóloga, que escreve para o El País, defensora da legalização/descriminalização do aborto. Não dá para misturar certas lutas com religião, o aborto é uma questão de saúde pública. A filósofa Márcia Tiburi, que agora se auto-exilou, assim como a Débora. E a nossa Marielle Franco... Não há vontade política nenhuma para “descobrir” os seus executores, e a família do presidente envolvida com milicianos.
BdFRS: Nos fale sobre o Instituto Zoravia Bettiol.
Zoravia: Ele tem pouco tempo. Em março do ano passado, mês internacional da luta das mulheres fizemos a exposição “Mulheres em Movimento”. Foram 18 mulheres com 36 obras, realizado na minha casa porque de momento o edifício do instituto é uma ruína. Depois fizemos a atividade “Acolhendo a Vizinhança”, para entrarmos em contato com as pessoas. E vai ser feito um documentário antropológico na Casa dos Leões, dirigido pelo Ben Berardi, chamado “Da Casa dos Leões ao Instituto Zoravia Bettiol”. As entrevistas estão maravilhosas. Também estamos programando uma exposição, “Amazônia, universo de contrastes”, com trabalhos feitos por artista homens e mulheres, nas mais diversas técnicas. Antes dessa exposição será realizada uma mostra de cinema, com a curadoria de Gilberto Perin, de curtas e médias metragens de artistas visuais sul-riograndenses.
BdFRS: Como está a questão da reforma da casa?
Zoravia: Gilberto Schwartsmann que respondeu pela Bienal do Mercosul, nas últimas duas edições, e que aliás esse ano o tema será a Mulher, se ofereceu para fazer um reparo emergencial no telhado e ele pagou com seus recursos próprios. A Lídia Fabricio, Adalberto Xavier estão detalhando o projeto, o restauro do prédio, mobiliário adaptado para artes visuais. Os recursos deverão vir de patrocínios.
BdFRS: A mulher na arte e seu papel político, como artista se coloca à frente de seu tempo? Qual a responsabilidade do artista como um ser público, de como ele se coloca frente à realidade?
Zoravia: Eu tenho uma posição, mas sempre respeitando as demais, e às vezes há diálogos e polêmicas, mas sempre com educação.. Devemos nos manifestar. Entrei no Facebook só para falar do meu trabalho, só que nos últimos tempos é o meu trabalho e falar, principalmente, sobre os indígenas que estão sendo dizimados vertiginosamente, e depois falar das questões sociais e ecológicas, com viés político. E ultimamente sempre com petições sendo enviadas para assinatura contra alguma coisa, uma nova forma de manifestação.
BdFRS: A questão do teu envolvimento com a ecologia vem desde sempre. E agora em um momento que se destrói, que está autorizado pela lógica do presidente em tocar fogo na Amazônia, que a natureza é inimiga do progresso...
Zoravia: Tem coisas absurdas em todos os níveis. Aqui no RS houve uma mortandade de abelhas fenomenais por causa da ganância, de colocar agrotóxicos em tudo... E vamos lembrar do velho Einstein, se no mundo se termina com as abelhas, se termina a vida humana, pois não havendo polinização, não há alimento, e termina com a fauna e a flora, e embora o homem seja ridiculamente pretensioso, também embarca junto.
BdFRS: Qual a atualidade e importância do 8 de Março?
Zoravia: Eu penso que os homens devem continuar seguindo a posição corajosa e sábia que as mulheres. Ambos lutando contra o machismo, para que haja mais harmonia na humanidade. E que os homens e as mulheres lutem na mesma direção para o bem estar social e cultural, e pela educação.
Edição: Katia Marko