Rio Grande do Sul

DEFESA DA PETROBRAS

Petroleiros do RS vão se somar a greve nacional a partir deste sábado

Sindipetro-RS teme que próximas demissões possam ser no RS com a privatização da Refap, em Canoas

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Sindicato convocou coletiva de imprensa na sua sede, nesta sexta-feira (31)
Sindicato convocou coletiva de imprensa na sua sede, nesta sexta-feira (31) - Foto: Divulgação Sindipetro-RS

O Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro-RS) informou que a categoria entrará em greve por prazo indeterminado a partir de sábado, dia 1º de fevereiro. Convocada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), a paralisação é nacional e contrária ao descumprimento do acordo coletivo por parte da Petrobras, que está levando às demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen).

Segundo o sindicato, que aprovou o movimento paredista no RS em assembleia realizada entre os dias 24 e 28 de janeiro, as próximas demissões poderão ser no Rio Grande Sul, com a privatização da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas. Nesta sexta-feira (31), a partir das 14h, o Sindipetro-RS realizará uma coletiva de imprensa na sua sede (rua General Lima e Silva, 818, bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre) para apresentar os motivos da greve e as consequências das ações sobre a empresa em relação à categoria e à sociedade.

Conforme nota do Sindipetro-RS, no último dia 21, em reunião com a Gestão de Pessoas da Petrobras, a FUP apresentou documento cobrando o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que vem sendo reiteradamente desrespeitado pela empresa, tanto no que diz respeito aos fóruns de negociação, quanto a cláusula que protege os trabalhadores de demissões arbitrárias. É o caso da Cláusula 26 do ACT da Araucária Nitrogenados, que impede a empresa de promover demissões em massa, sem negociação prévia com o sindicato.

“Esse não é um caso isolado de descumprimento de acordos pactuados com os trabalhadores. Menos de três meses após a assinatura do ACT, os gestores da empresa seguem reiteradamente desrespeitando o Acordo Coletivo. Atropelam legislações e o próprio processo de negociação ao impor decisões unilaterais, à revelia dos sindicatos e da vontade dos trabalhadores”, destaca a nota.

Edição: Marcelo Ferreira