O documentário de longa-metragem “Golpe”, dos diretores Guilherme Castro e Luiz Alberto Cassol, teve estreia nacional nesta quinta-feira (23), em Porto Alegre. Reuniu produtores e vários entrevistados, entre pensadores e militantes, que gravaram depoimentos que foram mesclados com imagens capturadas do processo de derrubada sem crime de responsabilidade da presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016.
O filme, assistido por muitos participantes do 2º Fórum Social das Resistências e muito aplaudido e elogiado, lotou a Cinemateca Paulo Amorim na Casa de Cultura Mário Quintana. Segue em cartaz até o dia 29 e mais tarde fará circuito em outras cidades do país.
Segundo os diretores, "Golpe" faz uma cronologia e reflexão sobre os fatos políticos que marcam a destituição de Dilma e a prisão de Lula para ser impedido de concorrer às eleições de 2018, o que resultou na vitória de Bolsonaro.
Debate após exibição do filme
Após a exibição, foi realizado um debate com os diretores e vários entrevistados, como o ex-presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, o cientista político Benedito Tadeu César e o advogado Mário Madureira. Também fizeram depoimentos o ex-governador Tarso Genro e os jornalistas Moisés Mendes e Juremir Machado da Silva.
"É um filme belíssimo que todos deveriam assistir, pois ajuda a refletir e a compreender o golpe, que tirou uma presidenta honesta, sem qualquer crime, e depois impediu que Lula fosse candidato quando liderava todas as pesquisas. O golpe atropelou a democracia e levou a extrema direita à presidência da República com a sua pauta de retrocessos contra a classe trabalhadora e o povo brasileiro", afirma Nespolo.
Entrevista dos diretores
Em tempos de democracia em vertigem, o portal Brasil de Fato RS conversou também com os realizadores sobre o filme, o golpe que ainda está em curso e a situação atual do audiovisual no país.
Para eles, a consequência daquilo que aconteceu em 2016 é nefasta e nebulosa para o Brasil, e estamos vivendo ela hoje, na economia, na cultura e nas questões sociais. Toda e qualquer capacidade de diálogo e inclusão está sendo tirada nesse país.
Clique aqui para ler a entrevista.
* Com informações da CUT-RS
Edição: Marcelo Ferreira