Segue o impasse em relação ao acordo que vai dar fim à greve da educação no Rio Grande do Sul. Na segunda reunião entre o comando de greve e representantes do governo, realizada na manhã desta quarta-feira (08), a Secretaria da Educação (Seduc) apresentou a proposta de pagar integralmente os dias parados, em até cinco dia úteis, em folha suplementar. No entanto, não abrindo mão do corte do ponto, o Estado descontaria os dias paralisados em contracheque, em seis parcelas de até 20%.
O secretário da Educação, Faisal Karam, chamou a proposta de "solução temporária". O procurador do Estado, Eduardo Cunha, e o secretário Otomar Vivian, classificaram como uma "trégua sem derrotados no processo". De acordo com eles, após a recuperação dos dias letivos restantes de 2019, poderia ser aberta uma nova rodada de negociações dos termos.
“Uma categoria que vai entrar o sexto ano sem reajuste e com 49 meses de salários atrasados, sem perspectiva de reajuste, e o governo ainda querer penalizar essa categoria, nós achamos que é injusto”, defende a presidenta do Cpers Sindicato, Helenir Aguiar Schürer. Ela conta que chamou a atenção do governador para o fato de que tal proposta “pode estar criando já um caldo para que em 2020 não se inicie o ano letivo”.
Ainda segundo Helenir, o comando de greve aguarda a proposta por escrito para debater o conteúdo e convocar uma assembleia da categoria para avaliar a proposta, que deve ocorrer até sexta-feira (10). “Não cabe ao conselho decidir se aceita ou não, para isso nós vamos chamar uma assembleia para que a categoria se posicione sobre a proposta".
Edição: Marcelo Ferreira