Após pressão dos educadores gaúchos para que o governo do Rio Grande do Sul antecipe a reunião de negociação para tratar do calendário de recuperação de aulas e do pagamento dos grevistas que tiveram seus salários cortados, o governador Eduardo Leite (PSDB) se reuniu com integrantes do governo e remarcou o encontro com o Cpers-Sindicato para esta terça-feira (07). Inicialmente, a agenda estava prevista para o dia 10 de janeiro, mas o comando de greve foi até o Palácio Piratini, no dia 2, para solicitar a retomada das negociações.
O Cpers-Sindicato será recebido pelo secretário da Educação, Faisal Karam, e pelo procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, no gabinete da Secretaria da Educação (Seduc), às 11h da manhã. O governo aponta que é necessário recuperar 25 dias de paralisação. Conforme o balanço mais recente da Seduc, permanecem em greve 132 escolas de um total de 2,5 mil instituições estaduais em todo o Rio Grande do Sul.
Pedágio Solidário
Antes de ir até o Palácio Piratini solicitar a antecipação da reunião, no dia 2 de janeiro, dezenas de professores e funcionários protestaram contra o corte de ponto dos servidores em greve e o pacote de reforma administrativa de Eduardo Leite. Na Esquina Democrática, coração da capital gaúcha, educadores distribuíram panfletos e arrecadaram alimentos e dinheiro para auxiliar grevistas que tiveram seus salários cortados. Além da mobilização para discutir o acordo de greve e retornar às aulas, o Cpers-Sindicato segue mobilizado para a possível votação do pacote que altera o plano de carreira do magistério, previsto para o final de janeiro.
Edição: Marcelo Ferreira