Mais de 300 servidores estaduais do Rio Grande do Sul participaram de uma assembleia geral unificada na manhã desta sexta-feira (20), na sede social do SINDICAIXA RS, no bairro Ipanema, em Porto Alegre. Por ampla maioria, foi aprovado o retorno ao trabalho a partir de segunda-feira, dia 23 de dezembro. Mas decidiram se manter em estado de greve e assembleia permanente durante o mês de janeiro, quando devem avaliar a retomada da greve, se o pacote de reforma administrativa enviado pelo governador Eduardo Leite (PSDB) voltar à pauta da Assembleia Legislativa.
Uma nova assembleia geral unificada já está convocada para o dia 21 de janeiro, em horário e local a definir. O comando unificado da greve vai se reunir, na manhã de segunda-feira (23), para elaboração de um documento com a decisão da assembleia para entregar ao governo do estado. O objetivo é solicitar uma audiência com o governador Eduardo Leite para debater o ponto, o retorno ao trabalho e exigir a retirada do pacote para negociação com as categorias.
Nas intervenções, os servidores destacaram a importância da mobilização alcançada pelo movimento grevista. Também foi ressaltada a unidade construída e a necessidade de que seja mantida. Além disso, foi levantada a importância se manter a mobilização nas redes sociais para dar visibilidade ao movimento, orientando que os servidores curtam e compartilhem as postagens nas páginas dos sindicatos e associações.
Outra questão analisada foi o cenário atual de desmonte do serviço público, que também se dá nas esferas federal e municipal. Se refirmou a necessária unidade de todos os trabalhadores e de criar e fortificar a unidade para além dos servidores públicos.
A Assembleia Geral Unificada foi organizada pelo SINDICAIXA, SINDSEPERS, SINTERGS, AFAGRO e ASSAGRA. Após a Assembleia, foi realizado um almoço de confraternização.
Professores encerram greve
Também em assembleia realizada nesta sexta-feira (20), o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) decidiu suspender a greve da educação no estado. Da mesma forma que os servidores das demais categorias, os professores se mantém mobilizados até pacote de reforma administrativa ser votado na Assembleia Legislativa. A proposta aprovada coloca como condicionante para a suspensão da greve a negociação com o governo sobre o corte no ponto e a recuperação das aulas. A categoria deliberou que, se o governador insistir no desconto dos dias parados, a greve continuará.
* Com informações da Assagra e do Sul 21
Edição: Marcelo Ferreira